Integrante da CPI do MST, Gleisi fez fotos com apoiadores, degustou produtos das barracas enquanto conversava com o Congresso em Foco. Foto: Tiago Rodrigues/Congresso em Foco
Deputada federal e presidente nacional
do PT, Gleisi Hoffmann passeava despreocupada na manhã desta sábado (3), em uma feirinha de produtos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em Brasília. Integrante da d
a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, Gleisi fez fotos com apoiadores e degustou produtos das barracas enquanto conversava com a equipe do
Congresso em Foco. Para ela, a comissão instalada na Câmara é uma tentativa de criminalizar o movimento.
"A CPI do MST é uma tentativa de criminalizar o movimento. Eu tenho dito que o relatório já está pronto, criminalizando o MST, os movimentos sociais e a reforma agrária", afirma
Gleisi Hoffmann.
Assista a entrevista
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Nesta semana, uma comitiva do PL e Republicanos, encabeçada pelo relator, deputado
Ricardo Salles (PL-SP) e
pelo Tenente Coronel Zucco (REP-RS), relator e presidente d
a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, respectivamente, compareceu nesta segunda-feira (29) à assentamentos e delegacias da região do extremo oeste do estado de São Paulo. O objetivo, segundo os parlamentares, é realizar vistorias com o intuito de reunir informações para a investigação instalada no dia 17 de maio.
"Aqui na feirinha podemos ver a qualidade dos produtos do MST e o quanto as pessoas respeitam a produção agroecológica. Por isso, nosso dever na CPI é mostrar para a sociedade brasileira o que é o MST e os assentamentos da reforma agrária", afirmou a deputada.
Ainda nas primeiras sessões da CPI,
Ricardo Salles requisitou a realização de vistorias em assentamentos do MST. Esta foi a primeira diligência externa da CPI com integrantes que visitaram o município de Presidente Prudente e também participaram de uma reunião com a polícia de Pontal do Paranapanema, região em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra mobilizou cerca de três mil pessoas em sete municípios da zona rural.
Vista pelo governo como uma CPI instaurada para desgastar a gestão atual e criminalizar movimentos sociais, a CPI conta com um colegiado de 54 parlamentares, sendo que um total de 40 integram a bancada ruralista. A grande maioria é composta por membros de partidos como o PL ou bolsonaristas.
A questão que orbita a CPI é se ela irá lidar com temas importantes como a questão fundiária, a reforma agrária, a demanda represada de déficit de moradia e terra para plantio, cultivo familiar, distribuição de renda e as mais de 80 mil famílias que esperam respostas para os problemas citados.