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Congresso Nacional
Congresso em Foco
28/08/2023 | Atualizado às 08h12
O Congresso Nacional começa esta semana com a perspectiva do aguardado anúncio da reforma ministerial do governo Lula. O presidente retornou da África no domingo (27) após reunião da Cúpula dos Brics. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou ao longo da semana passada que reuniões com lideranças partidárias seriam realizadas logo após a volta dele ao Brasil para definir quem entra e quem sai dos ministérios.
A reforma ministerial, que colocará nomes do PP e do Republicanos no governo, vem se arrastando há semanas. No entanto, após a aprovação do arcabouço fiscal e da medida provisória do aumento do salário mínimo na semana passada, a Câmara dos Deputados, liderada por Arthur Lira (PP-AL), sinalizou ao governo que compactua com matérias prioritárias para a agenda do Executivo, o que abre espaço para o centrão em cadeiras importantes dos ministérios. "A decisão de reforçar o nosso time nesse segundo semestre com bancadas parlamentares que já votaram a favor do marco fiscal, da reforma tributária, do aumento do salário mínimo e estão comprometidas com as prioridades do governo, que é reequilibrar o ambiente econômico, retomar os programas sociais e salvar a democracia, são bancadas que já vêm contribuindo com o governo e temos todo o interesse de escalá-los [parlamentares] para entrar como titular no segundo semestre para a gente enfrentar o segundo turno do campeonato", disse Padilha em visita ao Senado na última quinta-feira (24). O ministro esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para afinar as próximas pautas relevantes para o governo até o fim do ano. Pacheco afirmou no mesmo dia que teria uma reunião com Lira para avançar mais demandas da atual gestão. "A expectativa da volta dele é que ele possa discutir quando começa essa escalação. A data quem define é o presidente. Certamente, ele terá agendas olho no olho com as lideranças partidárias, sejam líderes ou membros da direção, e não com blocos. Saldamos a disposição desses partidos, dessas bancadas da Câmara dos Deputados, indicarem líderes partidários para reforçar nosso time. Agora ele [Lula] quer discutir a posição em que podem jogar", prosseguiu o ministro com analogias de futebol.Atos golpistasA CPMI dos Atos Golpistas ouve na próxima terça-feira (29) o coronel Fábio Augusto Vieira, que comandava a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no dia dos ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes. O depoimento está marcado para às 9h. O ex-comandante e outros seis oficiais foram presos em 18 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Procuradoria-Geral da República, a cúpula da PMDF foi omissa e deixou de agir para impedir os ataques. O coronel Fábio Augusto já havia sido preso em janeiro, dias após as invasões. O depoimento do militar atende a sete requerimentos de convocação. Já na quinta-feira (31), a partir das 9h, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias presta depoimento. Indicado pelo atual governo, ele estava à frente do cargo no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. O general da reserva deixou o posto no dia 19 de abril de 2023, após a divulgação de vídeos nos quais ele aparece em um dos locais da invasão. A convocação de Gonçalves Dias foi objeto de aproximadamente 100 requerimentos. No início dos trabalhos, a CPMI chegou a rejeitar o depoimento do ex-ministro, mas em junho, um acordo viabilizou a aprovação dos pedidos. Entre os signatários, estão os senadores Sergio Moro (União-PR), Magno Malta (PL-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF). O depoimento do general G. Dias, como é conhecido no meio militar, é visto pelos parlamentares de oposição como uma "peça chave" na tentativa de esclarecer "providências adotadas e o desdobramento das investigações conduzidas pelo governo federal", como justifica o senador Sergio Moro em seu requerimento. Os senadores ainda fazem referência a matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo segundo a qual partiu do general a ordem para a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) adulterar os alertas enviados a ele sobre a ameaça de ataques em 8 de Janeiro, no relatório entregue ao Congresso Nacional. A pedido da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), o GSI encaminhou dois relatórios de inteligência diferentes ao Congresso Nacional, de modo que teriam sido suprimidos 11 alertas de mensagens enviadas a G. Dias a respeito das ameaças existentes, de acordo com o noticiário. Além disso, os parlamentares citam os vídeos veiculados pela rede de TV CNN, em abril, com trechos que registram a presença do general no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, durante a invasão do prédio da sede.
Reforma tributáriaO Senado realiza na próxima terça-feira (29) uma sessão de debates sobre a reforma tributária (PEC 45/2019) com todos os governadores do Brasil. O projeto (PL 2.384/2023) que dá de volta ao governo o voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) também está na pauta dos senadores.
Marco temporalO líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), disse que o projeto do marco temporal deve ser votado na Comissão de Constituição Cidadania e Justiça (CCJ) nesta semana. De acordo com o senador, o Plenário vai votar na terça (29) ou na quarta-feira (30) o PL 2.384/2023, que restabelece o voto de qualidade em caso de empate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Desoneração da folha de pagamentoO presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, confirmou a votação da urgência e do mérito do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para alguns setores da economia (PL 334/23) para a próxima terça-feira (29). Após reunião de líderes na última quinta-feira (24), Lira também afirmou que poderá entrar na pauta do Plenário uma proposta que facilita a renegociação de dívidas dos consumidores. O deputado Alencar Santana (PT-SP), que é relator de projeto sobre o tema (PL 2685/22), vai apresentar aos líderes um novo texto que propõe regras para evitar juros abusivos nas dívidas com cartões de crédito. Esse texto também vai incluir o conteúdo da Medida Provisória 1176/23, que instituiu o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.
Pirâmides financeirasA CPI das Pirâmides Financeiras ouve, na próxima terça-feira (29), os sócios e administradores da 123 Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sobre a suspensão da emissão de passagens aéreas já compradas pelos consumidores. A suspensão, anunciada pela companhia no último dia 18, afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A 123 Milhas anunciou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers. A convocação dos empresários foi pedida pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Segundo ele, em 2022, a 123 Milhas transformou-se na maior agência on-line de vendas de passagens aéreas e existe a preocupação de que o caso esteja configurado como um esquema de pirâmide financeira.
Juros do cartão de créditoA Câmara dos Deputados pode votar nesta semana uma regra para as taxas de juros nos cartões de crédito. Está previsto o início das discussões em Plenário sobre o Projeto de Lei 2685/22, do deputado Elmar Nascimento (União-BA), que trata do endividamento das famílias e do crédito rotativo e parcelado. O relator da proposta, deputado Alencar Santana, disse na quinta-feira (24) que incluirá em um substitutivo o prazo de 90 dias, após a sanção da futura lei, para que as instituições financeiras apresentem ao Conselho Monetário Nacional (CMN) e ao Banco Central (BC) uma proposta para os juros nos cartões. O presidente da Câmara disse que pretende agendar para terça-feira (29) o início das discussões em Plenário sobre o PL 2685/22. (Com informações da Agência Câmara de Notícias e do Senado)
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