TSE julga processo de cassação contra o senador Jorge Seif
Seif é acusado de abuso do poder econômico durante as eleições de 2022. Caso seja cassado, o senador pode ficar inelegível por oito anos
Congresso em Foco
30/04/2024 | Atualizado às 20h42
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Jorge Seif é alvo de processo de cassação no TSE. Foto: Roque de Sá/Ag. Senado
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga nesta terça-feira (30) processo de cassação contra o senador Jorge Seif (PL-SC). O parlamentar é acusado de abuso do poder econômico durante as eleições de 2022. Caso seja cassado, o senador pode ficar inelegível por oito anos, e novas eleições suplementares serão realizadas no estado para definir quem vai ocupar a cadeira na Casa Alta.
Assista ao julgamento:
A ação ajuizada pela coligação Bora Trabalhar, composta pelo PSD, União Brasil e Patriota, acusa o congressista de ter sido beneficiado financeiramente por empresários catarinenses, incluindo o dono das lojas Havan, Luciano Hang. Os partidos afirmam que Seif fez uso da estrutura material e pessoal da empresa, além de ter sido amparado por Osni Cipriani e pelo Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista.
São também réus os empresários Luciano Hang e Almir Manoel, e os suplentes do senador, Hermes Arthur Klann e Adrian Rogers Censi.
Na instância do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), o processo de cassação por abuso do poder econômico foi arquivado por unanimidade, mesmo com parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) favorável à cassação. Dessa forma, a coligação autora da ação recorreu ao TSE. A Corte Eleitoral, no entanto, suspendeu por duas vezes a sessão de julgamento contra o senador, suplentes e empresários. Na sessão de 4 de abril, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, suspendeu a votação por falta de tempo. Com a remarcação para 16 de abril, houve mais uma vez adiamento, desta vez pela ausência do ministro Floriano de Azevedo Marques, relator do processo.O senador precisa de quatro votos a seu favor para não ser cassado. Os ministros do Tribunal votam na seguinte ordem: Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Maria Isabel Diniz, Raúl Araújo, Kássio Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.