Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita aos estandes da Exposição "Acredite no Seu Negócio", no Parque Mirante no Allianz Parque, no bairro da Água Branca. São Paulo - SP.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente
Lula (PT) lançou na manhã desta sexta-feira (18) o programa "Acredita", que oferece crédito a famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no
CadÚnico. O programa também inclui financiamento para empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais (MEIs). Intitulado Acredite no seu Negócio, o evento teve início às 9h na arena Allianz Parque, na capital paulista.
O programa oferece crédito para os cadastrados no CadÚnico e pequenos produtores rurais que participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O governo destinou R$ 500 milhões de reais para colocar em prática a proposta. O valor se origina do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Desenrola, que oferece solução financeira a pessoas endividadas.
A mesma lei que vigora no programa Acredita também institui o "Desenrola Pequeno Negócio". Trata-se de um mecanismo que promove a renegociação de dívidas para microempreendedores individuais (MEIs) que declaram um faturamento bruto de até R$ 4,8 milhões, e que possuam dívidas bancárias.
O Executivo também autorizou a renegociação de dívidas que serão contabilizadas para o crédito dos bancos entre 2025 e 2029. Enquanto o Procred 360, que segue para outro caminho no programa, possibilita estímulo de crédito para os microempreendedores e microempresas que possuam um lucro de até R$360 mil ao ano. Os juros a serem cobrados terão como base a Selic, a taxa básica de juros auferida pelo Banco Central, mais 5% ao ano.
De acordo com dados do governo, o público-alvo é composto por 43 milhões de famílias registradas no programa, o que contabiliza cerca de 96 milhões de pessoas. Desse total, 54% deles têm uma renda escassa, de até R$ 109 por mês.
Durante o anúncio do programa, o presidente Lula lembrou que o país tem nova realidade trabalhista, em que a maioria dos indivíduos quer ser empreendedor. "É preciso que a gente aprenda que mudou o mundo do trabalho no Brasil", declarou ele.
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