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Congresso em Foco
6/3/2010 12:26
Renata Camargo
Denúncia feita pelo Ministério Público Federal em 2003, revelada ontem (5) pela Globo News, aponta que um esquema de corrupção e propina semelhante ao mensalão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ocorreu durante o mandato do ex-governador do DF Joaquim Roriz (ex-PMDB). De acordo com a reportagem, no documento do MPF aparecem alguns personagens também investigados por envolvimento no mensalão de Arruda.
Os processos iniciados contra Roriz, no entanto, estão parados na Justiça até hoje. Entre os personagens, está o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, responsável pelas denúncias que deflagraram a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que levou à prisão preventiva de Arruda.
Segundo a denúncia, o ex-governador Joaquim Roriz usava de forma "reiterada, sistemática e permanente" dinheiro público para campanha eleitoral. De acordo com o Ministério Público, há indícios de desvio de R$ 13 milhões. A reportagem afirma que o esquema funcionava de forma que Roriz contratava empresas e repassava recursos para pagamentos de serviços inexistentes, em que eram registrados em notas frias. Posteriormente, as empresas assumiam a responsabilidade de bancar gastos da campanha de Roriz à reeleição.
Pela denúncia, duas empresas que também estão citadas no inquérito da Caixa de Pandora aparecem como beneficiadas pelo esquema de Roriz. A Adler e a Linknet eram beneficiadas com as notas frias e assumiam gastos de campanha, de acordo com os procuradores. Segundo o MP, um contrato com o Instituto Candango de Solidariedade com a Linknet aumentou de R$ 2,5 milhões para R$ 30 milhões em pouco mais de um ano, em 2002, auge da campanha eleitoral de Roriz ao governo do DF.
O esquema de notas frias, ainda segundo a denúncia, também envolveu contratos com a Secretaria de Gestão do governo de Roriz e a Polícia Civil. O processo que investiga Roriz, segundo a reportagem, foi desmembrado. A maioria das ações está parada na Justiça comum. O processo contra Roriz foi encaminhado para o Superior Tribunal de Justiça, mas não andou porque a Câmara Legislativa nunca autorizou a Justiça a processar Roriz.
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