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Congresso em Foco
05/12/2010 | Atualizado às 00h00
Renata Camargo
Levantamento divulgado nesta semana pela ONG Contas Abertas mostra que 39 financiadores de campanha doaram, juntos, R$ 82,5 milhões nas eleições deste ano. Cada um doou mais de R$ 1 milhão. A maior parte deles (30) financiou a própria campanha com doações que somaram R$ 70,1 milhões. Esses valores correspondem à campanha no primeiro turno. Entre os financiadores, estão o empresário Eike Batista, do setor da mineração e petróleo, e João Carlos Di Gênio, dono da Universidade Paulista e grupo educacional Objetivo.
De acordo com a ONG, nove bem-sucedidos milionários investiram quase R$ 11,6 milhões em campanhas de deputados federais, senadores e governadores. A maior doação de pessoa física registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feita pelo candidato ao governo do Mato Grosso, Mauro Mendes, que investiu em sua campanha R$ 9,7 milhões em recursos próprios. O valor da doação corresponde a 17% do patrimônio de Marcos Mendes declarado à Justiça Eleitoral (R$ 57,2 milhões). Mauro Mendes perdeu a eleição para o adversário Silval Barbosa (PMDB).
Dos maiores doadores, em segundo da lista, aparece Wilson Picler (PDT-PR), que disputou vaga na Câmara, mas não obteve sucesso nas urnas. Picler gastou R$ 5,5 milhões em sua campanha. O candidato declarou ao TSE uma fortuna de R$ 23 milhões. Segundo o levantamento, outros 19 candidatos investiram fortunas em suas próprias campanhas mais não foram eleitos. Ao todo, as doações desses candidatos a si mesmos somaram mais de R$ 38,2 milhões.
Entre os que investiram em candidaturas de terceiros, o empresário Eike, considerado a oitava pessoa mais rica do mundo pela revista Forbes, financiou a campanha de três senadores - Cristovam Buarque (PDT-DF), Delcídio Amaral (DEM-MS) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) - e de um candidato Paulo Melo, que disputou vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ao todo, foram doados mais de R$ 1,6 milhão.
O empresário cearense Beto Studart também distribuiu seu patrimônio. Financiou em quase R$ 1,7 milhão diversos pretendentes à política, entre eles Lúcio Alcântara (PR), candidato ao governo do Ceará. Quem também amparou candidatos foi o empresário Cornélio Brennand, sogro do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Apesar da ajuda de quase R$ 1,5 milhão, Heráclito não conseguiu se reeleger.
Além dos milionários citados, também foram financiadores de campanha Emival Caiado Filho, Benedito Cavallieri Sobrinho, João Carlos Di Genio, Julio Gerin Camargo, Etore Selvatici Cavallieri e João Roberto Baird. De acordo com a legislação eleitoral, as doações não utilizadas durante a campanha não podem ser resgatadas pelo candidato ou devolvidas aos doadores. As eventuais sobras são depositadas em favor do partido político.
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