Polícia Federal concluiu que não houve crime no caso dos boatos sobre o Bolsa Família
[caption id="attachment_36993" align="alignleft" width="300" caption="Bolsa Família é o principal programa social do governo. Em maio, boatos levaram milhares de pessoas a sacar mais de R$ 150 milhões"]

[fotografo] Marcelo Casal / Ag. Brasil [/fotografo][/caption]A Polícia Federal anunciou nesta sexta-feira (12) que não foi identificada ação criminosa ou contravenções no episódio sobre os falsos boatos do fim do Bolsa Família. Em maio, milhares de pessoas correram às agências da Caixa e lotéricas para sacar o benefício. Segundo a PF, o boato foi espontâneo e por isso não é possível responsabilizar ninguém por isso.
A PF listou três motivos principais para que o boato tivesse ganhado corpo: a antecipação do pagamento do benefício "por motivos diversos", a informação de um possível adicional em virtude do dia das mães e a notícia de que o programa poderia ser cancelado.
Em 18 e 19 de maio, os boatos geraram filas e tumultos em pontos de saque em cidades de, pelo menos, 12 estados. Foram sacados R$ 152 milhões em benefícios, totalizando 900 mil saques, segundo informou a Caixa.
No entanto, a conclusão da PF contraria a posição adotada pelo governo nos dias seguintes ao do acontecimento. A presidenta Dilma Rousseff chegou a dizer que o autor do boato era "desumano e criminoso". O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, afirmou que a ação havia sido deliberada e orquestrada. Já a ministra dos Direitos Humanos, Mario do Rosário, chegou a culpar a oposição pelo episódio. Na mesma semana, após ter dado informações erradas e confusas, a Caixa admitiu que havia antecipado a data para o saque do dinheiro.