[caption id="attachment_187637" align="alignleft" width="310" caption="Companheiros: Lula aperta mão de Renan em busca de entendimento "]
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[fotografo]Ricardo Stuckert/Instituto Lula[/fotografo][/caption]Em mais um ato de socorro ao governo da sucessora, o ex-presidente Lula disse na noite desta quarta-feira (25), em jantar com senadores do PT, que a equipe de Dilma Rousseff precisa aprimorar a comunicação e explicar à população os termos do ajuste fiscal em curso no país. O conjunto de medidas, em negociação com o Congresso, define alterações em garantias trabalhistas e previdenciárias e já enfrenta resistência na base aliada e no próprio PT.
Segundo o líder do partido no Senado,
Humberto Costa (PE), falta um "link" para diferenciar o governo Dilma dos demais - argumento utilizado por Dilma, durante a campanha presidencial do ano passado, para atribuir à gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) medidas de supressão de direitos dos trabalhadores. As informações de bastidor do jantar são do jornal
O Globo.
"O presidente Lula disse que é preciso dizer que isso [ajuste] está sendo feito para o país se equilibrar, recuperar a credibilidade, os investimentos. Está faltando esse link, senão parece que a gente é igual aos outros, que está aí para aprofundar as desigualdades", relatou Humberto, que participou do jantar realizado na residência oficial do vice-presidente do Senado, Jorge Vianna (PT-AC).
Dando continuidade ao "périplo por Brasília" para apaziguar a relação entre Planalto e PMDB, informa a repórter Fernanda Krakovics, Lula participa na manhã de hoje (quinta, 26) de um encontro, na residência oficial do Senado, com senadores do partido do vice-presidente da República Michel Temer. Presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL) disse na terça-feira (24) que a parceria com o governo está "capenga" - as declarações foram feitas instantes depois de jantar no Palácio do Jaburu, cujo anfitrião é Temer, reunindo ministros de Dilma com a cúpula peemedebista.
O jornal lembra que o posicionamento de Lula sobre a comunicação do governo reverbera a declaração de Dilma, em reunião ministerial feita em janeiro, de que é preciso enfrentar uma "batalha" de informações com a imprensa. No ocasião, registra
O Globo, ela disse que o arrocho no acesso aos benefícios trabalhistas são "correção de distorções", e não "restrição de direitos".
"O que queremos que esteja acontecendo em 31 de dezembro de 2018? Qual o país que queremos encontrar e entregar ao sucessor da Dilma, que esperamos que seja do PT? É isso que está faltando explicar por parte do governo e do PT", disse Lula, nas palavras de um dos senadores presentes ao jantar.
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