Sara Resende
O jornal inglês
Financial Times elencou nesta quarta-feira (25/2) 10 bons motivos para realizar o
impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Entre as desvantagens de manter Dilma no Palácio do Planalto, diz o periódico, estão a falta de apoio no Congresso, o rebaixamento da nota da Petrobras pela agência Moody's, a previsão de contração da economia, a crise hídrica e, consequentemente, os problemas no setor elétrico.
[caption id="attachment_187674" align="alignright" width="285" caption="Olhar externo: repórter cita abandono de meta de inflação "]

[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]O movimento é intenso nas redes sociais para organizar uma passeata em dia 15 de março, justamente com o intuito de interromper o mandato da petista. Segundo Felipe Patury, da revista
Época, a consultoria Bites rastreou no Facebook 37 grupos favoráveis à saída da presidente. Cerca de 1 milhão de pessoas confirmaram presença em eventos desse gênero. A Bites também avaliou que as palavras
impeachment e Dilma apareceram relacionadas 97 mil vezes no Twitter.
Os manifestantes argumentam que a intervenção popular é necessária diante da alta nos impostos. O preço médio da gasolina no país, por exemplo, sofreu um aumento de 7,5%, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. A alta do diesel provocou uma série de protestos de sindicatos e associações de caminhoneiros, que bloquearam diversas rodovias brasileiras nos últimos dias.
A paralisação dos caminhoneiros também foi mencionada pelo
Financial Times. O artigo afirma que o desemprego é um grande desafio de popularidade para Dilma. O jornal relata ainda a estimada perda de 26 mil empregos em janeiro. Além disso, a matéria de Jonathan Wheatley expõe que alguns setores da sociedade brasileira "temem que o governo abandone a meta de inflação", de 4,5% ao ano.
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