Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
SENADO
Congresso em Foco
20/8/2024 | Atualizado às 19:22
"Em tempos de recuperação econômica, após crises (como a que tivemos com a pandemia), políticas que elevam a carga tributária sobre instrumentos como o JCP podem retardar a recuperação das empresas e, consequentemente, da economia como um todo. As empresas com menos incentivos para distribuir lucros podem reduzir seus investimentos em expansão, inovação e contratação de mão-de-obra, o que impacta negativamente o crescimento econômico. A elevação da tributação sobre o JCP pode tornar o ambiente tributário brasileiro ainda mais complexo e oneroso, afastando-o das melhores práticas internacionais. A competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional pode ser comprometida, uma vez que o aumento de custos pode ser repassado aos preços finais dos produtos e serviços, tornando-os menos competitivos no mercado global", escreveu o senador.
O JCP é uma modalidade de remuneração oferecida pelas empresas de capital aberto aos acionistas, cotistas e sócios, como uma espécie de alternativa aos pagamentos de dividendos, que são isentos de tributação. Os juros, por sua vez, têm a tributação de 15% de Imposto de Renda. O aumento de 5 pontos percentuais, segundo Jaques, funcionaria como um "dispositivo de garantia" financeira, caso as demais medidas de compensação não fossem suficientes para equilibrar a renúncia fiscal. Jaques aproveitou as compensações apresentadas pela lei aprovada em 2023, que prorroga o benefício da desoneração da folha até 2027: a atualização de bens no IR, a repatriação de ativos mantidos no exterior, a renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras, um pente-fino nos beneficiários do INSS e de programas sociais, o uso de depósitos judiciais e extrajudiciais, um programa de cadastro dos benefícios fiscais concedidos pelo governo, e o uso de recursos esquecidos no sistema financeiro nacional. O incremento na cobrança do JCP foi sugerida pelo Ministério da Fazenda como alternativa a proposta de cobrança de 1% sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que também enfrentou a rejeição dos senadores. O Senado tem até o dia 11 de setembro para chegar a um acordo com o governo no tema, prazo determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria deve ser analisada pela Câmara dos Deputados.Tags
LEIA MAIS
CONSELHO DE ÉTICA
Glauber Braga encerra greve de fome contra parecer pela cassação
Processo de Cassação
Hugo Motta diz que "avançou" para o fim da greve de fome de Glauber
Processo de cassação
Glauber Braga completa uma semana de greve de fome: "Não vou desistir"