Para Wagner Moura, "houve uma evidente retração do apoio de artistas a políticos depois do mensalão"
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[fotografo]Marcos Hermes/MTV[/fotografo][/caption]Admirado por seu trabalho como ator, Wagner Moura - que está na capa do último número da
Revista Congresso em Foco - vai se tornando cada vez mais uma referência para artistas e intelectuais. Por várias razões. De um lado, renuncia à publicidade fácil oferecida pelo mundo das celebridades, do qual mantém prudente distância. Do outro, demonstra rara coragem para encarar uma parada cheia de riscos: a disposição para assumir de público posições políticas.
Foi assim que ele encampou, nos últimos anos, desde bandeiras como o combate ao trabalho escravo até candidaturas a cargos eletivos - de diferentes partidos, mas sempre à esquerda do espectro político. Nestas eleições municipais, lidera a corrente de artistas que se aglutinaram em torno do deputado estadual Marcelo Freixo, candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo Psol. Mesmo com poucos recursos e (a julgar pelas pesquisas) limitadas chances de êxito eleitoral, Freixo conquistou o apoio de gente como Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Torres, Djavan e Marisa Monte.
Quase todos eles foram seduzidos com a participação direta de Wagner Moura, que teoriza: "Houve uma evidente retração no apoio de artistas a políticos depois do mensalão. Os artistas, tradicionalmente, se alinhavam à esquerda, ao PT. Acho que já é hora de a gente romper esse medo de se expor".
Por essas e outras, concorde-se ou não com o pensamento ou as ações dele, o capitão Nascimento de
Tropa de elite é, aos 36 anos, um personagem que não pode ser ignorado por quem se preocupa em compreender as manhas e dilemas contemporâneos deste complexo país chamado Brasil.
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