Ministro terá que esclarecer por que pasta sob o seu comando tentou barrar investigações da Casa Civil
[caption id="attachment_37521" align="alignleft" width="300" caption="Ministro terá que esclarecer por que pasta sob o seu comando tentou barrar investigações da Casa Civil"]
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[fotografo] Antonio Cruz / ABr [/fotografo][/caption]O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, prestará esclarecimentos aos senadores na próxima terça-feira (18) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Ele deverá explicar denúncia de que teria tentado impedir a sindicância instalada pelo governo para investigar a atuação de Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, investigada pela PF na Operação
Porto Seguro.
Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) é o autor do
requerimento que convocou o ministro. Segundo o senador, reportagem publicada pela revista
Veja, em maio passado, mostrou que a Secretaria-Geral da Presidência teria tentado impedir a conclusão da sindicância da Casa Civil. Sob a coordenação da ministra
Gleisi Hoffmann, os técnicos da Casa Civil detectaram "indícios de enriquecimento ilícito" de Rose, mas a equipe de Carvalho questionou a legalidade da sindicância. A reportagem afirma que, sob o pretexto de "acompanhar e orientar" a apuração da Casa Civil, a Secretaria Geral montou uma "sabotagem do trabalho de investigação". A pasta teria solicitado documentos levantados pela Casa Civil e tentou interferir nas investigações.
"As investigações comprovaram que Rosemary Noronha usava o cargo que ocupava para traficar interesses, influenciar decisões e indicar pessoas na estrutura pública. No entanto, a matéria informa que no mesmo dia (em que a Casa Civil abriu a sindicância), a Secretaria-Geral da Presidência instaurou um processo 'com vistas a obter informações, acompanhar as apurações e orientar os órgãos envolvidos'", comentou Aloysio na época da apresentação do requerimento. Na época, a Secretaria Geral da Presidência
negou que tenha feito uma investigação paralela para desqualificar o trabalho da Casa Civil.
Além das explicações, o senador quer que Gilberto confirme a existência de um documento com as conclusões da apuração paralela, que conteria uma série de ressalvas e advertências ao trabalho da comissão de sindicância.
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Porto Seguro
Com informações da Agência Senado