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Congresso em Foco
02/02/2014 | Atualizado às 09h51
O apoio esta crescendo --> http://t.co/avMLE7aqYq De RT
- Marco Feliciano (@marcofeliciano) 31 janeiro 2014
Pastores reforçam apoio a candidatura de Marco Feliciano ao Senado http://t.co/7ASRRDWdbL - News Feliciano (@newsfeliciano) 31 janeiro 2014
O deputado não foi encontrado pelo Congresso em Foco para comentar a articulação ao Senado. Ao portal gospel Guia-me, porém, ele confirmou a ambição. "Almejo o Senado. Temos poucos senadores comprometidos com nossa causa. Acredito que se lá estivesse, seria um reforço. Ser senador pelo estado de São Paulo mostraria a força conservadora. Ainda estou estudando a possibilidade. Meu partido, o PSC me concede a legenda, e isto já é uma vitória", disse na entrevista ao site especializado sexta-feira. "Preciso de apoio, pois é apenas uma vaga. Será preciso mais de 9 milhões de votos. Estou em oração", emendou.
Em 2010, na sua primeira eleição, Feliciano teve 211.855 votos, alcançados especialmente entre os evangélicos. Após sua passagem polêmica pela presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputados ligados a igrejas neopentecostais e ao PSC acreditam que ele tenha condições de dobrar a sua votação para a Câmara. Mas o parlamentar tem demonstrado ter outros planos.
Beijaço
Na última quinta-feira (30), Marco Feliciano se viu em meio a outra polêmica. Entidades ligadas à comunidade LGBT organizaram um "beijaço" em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE), em frente ao trio elétrico em que o pastor comandava um evento evangélico. Diante de alguns casais homossexuais que se beijavam, Feliciano respondeu: "Vocês [os manifestantes] estão me fazendo um bem tremendo e eu fiquei ainda mais forte depois disso. Esse povo ajuda na minha candidatura à Presidência da República".
Para o deputado, as críticas que lhe são dirigidas só fortalecem o seu nome. "Certa vez, um representante do movimento LGBT foi ao Congresso e se disse impressionado em como as críticas contra mim só me deixaram mais forte", disse o pastor.
"Cura gay"
Chamado de racista e homofóbico por causa de comentários que fez em relação a negros e homossexuais, Feliciano enfrentou resistência de movimentos sociais e de parlamentares ligados à defesa dos direitos humanos no período em que assumiu e comandou a CDH. Em protesto, vários deputados deixaram o colegiado.
Durante seu mandato de presidente, encerrado no final do ano passado, a Comissão de Direitos Humanos aprovou propostas como a que permite a psicólogos promoverem tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade. Conhecido como "cura gay", o projeto acabou arquivado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Em outubro, a comissão aprovou também o projeto que livra os templos religiosos, padres e pastores de serem enquadrados na lei de discriminação se vetarem a presença e participação de pessoas "em desacordo com suas crenças".
Polêmicas no Twitter
O pastor Marco Feliciano tem adotado uma postura mais discreta no Twitter desde que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por induzir ou incitar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião em função de comentários que publicou em seu microblog. Antes de dar voz à sua pré-candidatura ao Senado, o parlamentar vinha retuitando apenas mensagens de outras lideranças religiosas e de sua própria assessoria, que possui um perfil à parte.
Em abril do ano passado, o então procurador-geral, Roberto Gurgel, recomendou aos ministros que transformassem Feliciano em réu por causa de dois comentários publicados por ele na internet em 2011. Em uma das mensagens escreveu: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, a rejeição". Na outra, postou que os africanos são amaldiçoados pelo personagem bíblico Noé. Nove meses depois, os ministros ainda não examinaram o parecer do Ministério Público Federal em relação ao Inquérito 3590.
Caso os ministros aceitem a denúncia, Feliciano passará a responder como réu de uma ação penal que pode lhe render até três anos de prisão e multa. O caso é relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, a quem caberá examinar, inicialmente, o pedido da PGR. O recebimento da denúncia, ou seja, a reautuação do inquérito (procedimento preliminar de investigação) em ação penal (processo) depende, porém, da aprovação da maioria dos ministros do Supremo.
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