[caption id="attachment_243142" align="alignleft" width="360" caption="Fla x Flu: protestos se intensificaram pelo país em abril"]

[fotografo]Gabriel Pontes/Reprodução[/fotografo][/caption]Cerca de um mês após a votação do
impeachment no Senado e, consequentemente, do afastamento da presidente Dilma Rousseff, movimentos sociais pró e contra impeachment voltam a marcar manifestações. A Frente Brasil Popular, formada por movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e União Nacional dos Estudantes (UNE), marcou para sexta-feira (10) ato em todas as capitais brasileiras contra o que chamam de "golpe". Já o grupo pró-impeachment escolheu o dia 31 de julho para se reunir e pedir o afastamento definitivo de Dilma.
A convocação do grupo "Vem pra Rua", contra os governos do PT, diz que é preciso retomar a agenda de manifestações devido à aproximação do julgamento final de Dilma, que deve acontecer em agosto. Protestam também contra as ameças à
Operação Lava Jato. "Vamos lembrar que o Brasil não quer Dilma nunca mais, e quer que a justiça seja feita", diz texto divulgado nas redes sociais.
Já o grupo contra impeachment contará com o reforço do ex-presidente Lula nos atos desta sexta-feira (10), marcados para todas as capitais do país. Primeiramente, a manifestação entoará o grito "fora, Temer" e o pedido de retorno da petista ao Planalto, como demanda prioritária e imediata, e depois atacará atos do governo interino. Ainda está na pauta de reivindicações do grupo a manutenção de direitos sociais e a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O auge das manifestações de rua no país neste ano ocorreu em abril, quando o processo de impeachment estava na Câmara dos Deputados. No dia 17 de abril, 100 mil pessoas ocuparam o gramado da Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação do impeachment no plenário da Câmara. Na ocasião, dos 513 parlamentares, 367 votaram pela
admissibilidade do processo contra Dilma e apenas 137 contra.
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