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Congresso em Foco
30/08/2016 | Atualizado às 07h55
[caption id="attachment_259236" align="aligncenter" width="614" caption="Dilma fez discurso de defesa e respondeu a questionamentos de senadores por 13 horas. Chamou impeachment de "golpe" e disse não ter cometido crime"]
Aquela etapa, porém, era presidida por Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador foi substituído à Mesa por colegas ao longo da sessão. Com o presidente do Supremo, no entanto, não há essa possibilidade. Na presidência do julgamento, seu lugar não pode ser ocupado por qualquer parlamentar.
Os debates entre acusação e defesa estavam previstos para ontem, mas foram adiados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para esta terça após os senadores questionarem Dilma por mais de 13 horas. Pelas regras definidas para o julgamento, as discussões entre os advogados de acusação e defesa devem se estender por ao menos cinco horas. A acusação terá uma hora e meia para apresentar seus argumentos; igual tempo será reservado para a defesa da presidente afastada. Haverá ainda uma hora para réplica e outra mais para tréplica entre os advogados. Em seguida, os senadores subirão à tribuna para discursar. Cada um terá dez minutos para falar. Se todos os 81 parlamentares resolverem fazer uso da palavra pelo tempo máximo assegurado, serão necessárias 13 horas e meia para a conclusão desta fase. Até a noite de ontem, 56 senadores já estavam inscritos para os discursos - o que representa mais de nove horas de tribuna. O prazo de inscrição, porém, segue aberto, o que deve aumentar o número de oradores. A votação Concluídos os discursos, Lewandowski fará a leitura do resumo do processo, com as alegações da acusação e da defesa. O presidente do Supremo chamará dois senadores favoráveis e dois contrários à cassação do mandato de Dilma para encaminharem a votação. Cada um deles terá cinco minutos para discursar. Vencidas essas fases, o presidente do Supremo fará a seguinte pergunta ao Plenário: "Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?" Os senadores votarão via painel eletrônico. Se pelo menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será cassada e perderá seus direitos políticos por oito anos a partir de 2018, quando se encerraria o seu mandato. Caso seus adversários não consigam reunir os 54 votos exigidos, o processo será arquivado e a presidente retornará à Presidência da República. Dilma se diz vítima de golpe de Estado no palco do Senado em que pode ser cassada Mais sobre impeachment Mais sobre crise brasileiraTemas
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