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A postura do desembargador Tourinho Neto sobre as solturas dos réus presos na Operação Monte Carlo - que prendeu a quadrilha do
bicheiro Carlinhos Cachoeira - mudou nos últimos dias, conforme revelam os andamentos processuais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
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Num habeas corpus impetrado em abril, ao mandar soltar o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto "Dadá" Matias, o desembargador só tomou essa decisão em conjunto com os outros dois colegas da 3ª Turma do TRF. E sempre ouvindo o Ministério Público antes. Fez o mesmo com um pedido para libertar o braço operacional da organização Lenine de Souza, no mesmo processo, que não foi julgado ainda.
Mas, na semana passada, Tourinho passou a decidir sozinho, e sem ouvir o Ministério Público. No dia 13 de junho, concedeu a liberdade ao aliado de Cachoeira e dono de máquinas caça-níqueis no entorno de Brasília José Olímpio de Queiroga Neto. No mesmo processo, recebeu um pedido de extensão de habeas corpus para soltar Cachoeira. E determinou a liberdade do chefe da quadrilha no dia 15. Escrevendo no fim de sua decisão: "Abra-se vista ao Ministério Público".
Mas esse processo sequer chegou às mãos do procurador regional da República Carlos Vilhena, que atua no caso, e já há uma nova petição no habeas corpus. "E agora ele, desembargador, vai ter que parar para examinar a petição de outro réu. Quando o Ministério Público vai ter acesso aos autos?", questionou Vilhena ao
Congresso em Foco.
As polêmicas do juiz que quase soltou Cachoeira