[caption id="attachment_83001" align="alignleft" width="285" caption="Manifestantes deixam o Ministério do Planejamento sem perspectiva de acordo"]
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[fotografo]Marcello Casal Jr./ABr[/fotografo][/caption]Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fazem greve de 24 horas em todo o país e engrossam a lista de categorias federais que pressionam o governo da presidenta Dilma Rousseff a conceder reajuste salarial. Diante da falta de acordo com o governo, o movimento grevista tende a crescer nos próximos dias, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Além do aumento de 22% na remuneração, os funcionários do INSS reivindicam melhores condições de trabalho e incorporação de benefícios. Eles cobram, entre outras coisas, a incorporação de gratificações na aposentadoria, a contratação de novos quadros e a inclusão de adicional por qualificação nos salários. Com a paralisação, serviços como solicitação de aposentadoria, pensão e realização de perícias médicas estão comprometidos nesta quarta-feira (15).
Governo nega acordo e movimento grevista cresce
Representantes de diversas categorias estão acampados na Esplanada dos Ministérios. Por causa das manifestações, o trânsito nas proximidades do Congresso Nacional ficou comprometido esta manhã e teve de ser desviado.
Em todo o país, 350 mil servidores públicos federais de aproximadamente 30 categorias estão em greve ou atuando em operação-padrão. Professores de universidades federais, por exemplo, estão há quase três meses em greve. As paralisações já prejudicam atividades essenciais à economia nacional, como vistorias em portos e fiscalização de contratos. Os sindicalistas reclamam que o governo não tem cedido nas negociações.
Na segunda-feira passada (12), a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Na pauta, a retomada das negociações, em caráter prioritário, com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condserf), que representa 26 categorias distribuídas por 25 estados e o Distrito Federal. Mas a reunião chegou ao fim sem resultados práticos.
O movimento grevista tem se insinuado desde janeiro, quando a insatisfação de determinadas categorias esbarrou na decisão do governo de anunciar a impossibilidade de concessão de reajustes e reformulações trabalhistas em 2012, em razão da crise internacional. Ontem, um semestre depois do surgimento dos primeiros focos do descontentamento, a temperatura subiu no Ministério do Planejamento: representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no intuito de negociar o fim da greve, ocuparam a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento e contiveram, por cerca de duas horas, o chefe do departamento, Sérgio Mendonça. Cerca de 200 manifestantes da categoria cercaram o prédio do ministério.
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