Carlos Bolsonaro bateu recorde de votação na Câmara Municipal do Rio. Foto: CMRJ
Os dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro que disputaram a eleição para vereador neste domingo (6) saíram das urnas como campeões de votos em suas cidades.
Carlos Bolsonaro (PL) bateu seu próprio recorde e se tornou o vereador mais votado da história do Rio, com 130.480 votos. Ele superou o recorde anterior, que era de 106.657, alcançado em 20016.
Esta é a sétima vez que ele se elege para uma vaga na Câmara Municipal, onde está desde 2000, quando tinha 18 anos. Carlos nunca concorreu a outro cargo. Sua campanha arrecadou, de acordo com registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 1,85 milhão. Todo o montante foi repassado pelo PL como recurso do fundo eleitoral.
Em sua primeira investida eleitoral,
Jair Renan Bolsonaro (PL), de 26 anos, foi o mais votado na disputa em Balneário Camboriú, Santa Catarina, com 3.033 votos. Ele declarou ter recebido R$ 135 mil do fundo especial. Outros R$ 7 mil foram de doações privadas. Jair Renan deixou cargo no gabinete do senador
Jorge Seif (PL-SC) em julho. Ele recebia R$ 9,5 mil e trabalhava no escritório do senador em Balneário Camboriú. Aos 26 anos, ele declarou um patrimônio de pouco mais de R$ 42 mil. Em agosto, a Justiça do Distrito Federal ordenou a apreensão de seus bens devido a uma dívida de R$ 360 mil.
Em março, a Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia contra
Jair Renan Bolsonaro pelos crimes de
lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. O filho do ex-presidente é acusado de ter falsificado o faturamento de sua empresa, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, para obter empréstimos bancários. Para ter lastro para receber três empréstimos do Banco Santander, a empresa informou ter faturamento de R$ 4,6 milhões por ano.
De acordo com a acusação, Jair Renan foi beneficiado com parte do empréstimo obtido de forma ilícita, por meio de pagamento de fatura do cartão de crédito da empresa no valor de R$ 60 mil. Também foram denunciados o sócio dele no negócio, o instrutor de tiros Maciel Alves, e outras três pessoas. Caso a Justiça aceite a denúncia, os cinco passarão a ser réus no processo.
A defesa de Jair Renan alegou que ele foi "vítima de um golpe montado por uma pessoa conhecida pela polícia e pela Justiça". Os advogados afirmaram que "tudo será esclarecido no decorrer do processo".