[caption id="attachment_65817" align="alignright" width="319" caption="O líder do governo tentou evitar a convocação de Vieira e dos demais acusados na Operação Porto Seguro"]
Eduardo Braga (PMDB-AM)" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2012/03/eduardobraga_moreiramariz_senado.jpg" alt="" width="319" height="267" />[fotografo]Moreira Mariz/Senado[/fotografo][/caption]A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) convite para que o ex-diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Rubens Vieira explique aos senadores qual foi o seu envolvimento em um esquema de tráfico de influência no governo federal e qual era o seu trabalho à frente da diretoria. Rubens foi preso na sexta-feira passada (23), quando a operação Porto Seguro, da Polícia Federal foi deflagrada. Ele também foi afastado do cargo.
Rubens é irmão de Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), tido pela PF como o chefe do grupo criminoso. Ele também está preso e afastado do cargo. Como não é mais autoridade do governo, Rubens não poderia ser convocado e por isso foi convidado a ir ao Senado. Se ele aceitar o convite, poderá prestar os esclarecimentos já na semana que vem.
Ele é o primeiro da cúpula do esquema que é convidado pelo Congresso para prestar esclarecimentos. O governo não desejava o seu convite e tenta a todo custo barrar a convocação de seu irmão, e também da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha e do ex-advogado-geral-adjunto da União, José Weber Holanda. Ambos foram demitidos pela presidenta Dilma Rousseff após o escândalo ter se tornado público.
Até o momento, a Câmara e o Senado aprovaram requerimentos que convidam
o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a explicarem como estão atuando para investigar o esquema. Eles deverão ir ao Senado na próxima quarta-feira (5) e serão ouvidos em sessões conjuntas da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado (CMA) e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os senadores pretendem ouvir o ministro da Justiça às 11h e o chefe da AGU, às 14h30, segundo informou o líder do governo no Senado,
Eduardo Braga (PMDB-AM).
No mesmo dia, a CCJ deverá votar novos requerimentos que foram apresentados hoje. Senadores oposicionistas querem ouvir o secretário nacional de Portos, Leônidas Cristino, a secretária de Patrimônio da União de São Paulo, Evangelina de Almeida Pinho, o superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, e José Weber Holanda.
O ministro da Justiça também deverá prestar esclarecimentos aos deputados na próxima terça-feira (4),
quando participará de uma audiência conjunta entre a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e a Comissão de Segurança Pública da Casa.
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