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Lula retoma promessa de isentar IR até R$ 5 mil: "Compromisso de justiça"

Para cumprir a proposta, Lula disse que é preciso "tirar de alguém", como aumento de tributação aos mais ricos, a fim de compensar a isenção

Congresso em Foco

11/10/2024 | Atualizado às 15h42

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Lula dá entrevista a CBN/OPovo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula definiu a promessa de campanha de isentar imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil como um "compromisso de justiça". O chefe do Executivo retomou o tema em entrevista à rádio O Povo/CBN, do Ceará, nesta sexta-feira (11). Ele ainda projetou que no futuro, a faixa de isenção possa superar os R$ 5 mil pretendidos. Atualmente a isenção do IR contempla quem recebe até R$ 2.824,00. "Não é um compromisso de campanha, só, é um compromisso de justiça. Você não pode fazer com que as pessoas que ganham R$ 5 mil paguem imposto de renda, enquanto os caras que têm ações da Petrobras recebem R$ 45 bilhões de dividendos sem pagar imposto de renda", disse o presidente. Veja a entrevista: Lula ainda questionou a variação da alíquota de 15% a 27,5%, esta última porcentagem para quem ganha acima de R$ 4.664, em comparação com a ausência de tributação sobre imposto. "É apenas uma questão de justiça. O povo trabalhador, proporcionalmente, paga mais imposto do que o rico", acrescentou. "Queremos isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil e no futuro isentar mais". Para cumprir a proposta, Lula afirmou que é preciso "tirar de alguém", como aumento de tributação aos mais ricos, a fim de compensar o aumento do número de isentos do imposto de renda. Em entrevista ao programa "Bom dia, Ministro", da TV Brasil, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que a equipe econômica vê possibilidade de cumprimento da proposta. A expectativa é que o tema seja levado ao Congresso em 2026. Em maio deste ano, foi sancionada a lei que ampliou a faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para aqueles que têm remuneração de até dois salários mínimos, R$ 2.824,00 nos valores atuais. Antes, o teto de isenção era de R$ 2.640. Na ocasião da sanção, Lula também prometeu que, até o fim do mandato, haverá ampliação para quem recebe até R$ 5 mil.