[caption id="attachment_117498" align="alignleft" width="318" caption=" Valerioduto tucano agoniza no Supremo enquanto mensalão petista já foi julgado"][fotografo]Nelson Jr./STF[/fotografo][/caption]Um processo importante para esclarecer parte do mais famoso escândalo político brasileiro dos últimos tempos se arrasta pelos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF) há dez anos. Enquanto os 25 condenados no julgamento do mensalão do PT se apegam a recursos para tentar reverter a decisão, o Supremo guarda na gaveta há uma década a primeira denúncia de abastecimento ilegal de campanhas políticas envolvendo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, principal operador do esquema. Trata-se da ação cível do chamado mensalão mineiro, também conhecido como valerioduto tucano, em referência ao personagem que une os dois casos e às suas diferenças geográfica e partidária.
O processo desembarcou no Supremo em dezembro de 2003 - dois anos antes, portanto, de o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) mergulhar o governo Lula em sua maior crise ao revelar que parlamentares da base aliada recebiam dinheiro em troca de apoio ao Planalto no Congresso. E a ação ficou lá atracada, vendo o mensalão do governo Lula se mover por águas agitadas, ao menos na esfera criminal.
(...) A ação cível, que foi relatada pelo ex-ministro Carlos Ayres Britto, cobra de Marcos Valério, do hoje deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e do senador Clésio Andrade (PMDB-MG), dentre outras figuras, o pagamento de R$ 12 milhões, quantia com juros e multas que, segundo a acusação, foi desviada de estatais mineiras para abastecer campanhas políticas em 1998. Os principais beneficiados, ainda de acordo com a denúncia, foram Azeredo, então governador e candidato à reeleição, e Clésio, seu candidato a vice. O caso está completamente parado há oito anos, emperrado por um recurso ainda não examinado pelos ministros.
(...) "O Brittinho deitou em cima desse troço aí", acusa o ex-procurador à Revista Congresso em Foco. "Bastava dar andamento tão rápido como foi no mensalão, que é a mesma coisa", acrescenta Fonteles".
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