[caption id="attachment_119867" align="alignleft" width="290" caption="Renan anunciou investigação pelo Senado em discurso na tribuna da Casa"]

[fotografo]Waldemir Barreto/Agência Senado[/fotografo][/caption]O Congresso e a Polícia Federal vão investigar a denúncia de espionagem de mensagens e ligações telefônicas de brasileiros pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos. Segundo o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), a Comissão de Controle de Atividades de Inteligência entrará no caso.
Em nota, Renan afirmou que Congresso Nacional deve averiguar as denúncias, classificadas por ele como "uma intromissão inaceitável". Na visão do presidente do Senado e do Congresso, cabe ao governo brasileiro exigir explicações ao governo norte-americano. "No trabalho de investigação, a Comissão de Relações Exteriores também deve colaborar no sentido de esclarecer ao Brasil todo o ocorrido", afirmou.
Segundo o Ministério da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal. Ele atendeu a um pedido do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que registrou a preocupação com as notícias sobre a rede montada pela NSA para monitorar comunicações eletrônicas. De acordo com a pasta, Bernardo entendeu que as supostas ações de inteligência, caso confirmadas, podem representar ofensa ao sistema jurídico brasileiro.
"A posição do Brasil nessa questão é muito clara e muito firme: não concordamos com interferências dessa ordem no Brasil e em qualquer outro país", disse a presidenta Dilma Rousseff na tarde de hoje após o lançamento do Programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto. No domingo, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, tinha dito que a denúncia feita pelo jornal O Globo era "grave".
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