[caption id="attachment_133769" align="alignright" width="290" caption="Toffoli vai relatar o mandato de segurança apresentado pelo Sindilegis no STF"]

[fotografo]Fellipe Sampaio/SCO/STF[/fotografo][/caption]O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) entrou com mandado de segurança coletivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que 464 servidores que recebiam salários acima do teto constitucional de R$ 28 mil, os
supersalários, tenham de devolver, a partir deste mês, os valores a mais que receberam nos últimos cinco anos.
O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na semana passada que vai descontar os valores a partir da folha de pagamento deste mês, para cumprir totalmente a determinação que tinha sido encaminhada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a situação desses funcionários.
Dirigentes do sindicato lembram que existe um entendimento comum em instâncias superiores, como o STF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tribunais regionais federais, de que a restituição de valores desse tipo é "incabível", já que não houve má-fé do servidor público.
De acordo com a nota divulgada pela entidade, a Advocacia-Geral da União (AGU), na Súmula 72, de 26 de setembro de 2013, adota o mesmo entendimento: "Não estão sujeitos à repetição os valores recebidos de boa-fé pelo servidor público, em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da administração pública."
No texto, representantes do Sindilegis destacam ainda que o mandado de segurança "independe do pedido de reexame, protocolado pelo subprocurador geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, sobre a decisão de devolver as quantias extras".
"Em virtude do princípio da legítima confiança e da segurança jurídica, o servidor público, em regra, tem a justa expectativa de que são legais os valores pagos pela administração pública, porque jungida à legalidade estrita", destacou em nota.
Os sindicalistas informam que vão entrar com mais mandados de segurança para discutir outras questões pendentes, "notadamente a aplicação do abate-teto". O mandado de segurança será relatado pelo ministro José Dias Toffoli.
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