[caption id="attachment_137981" align="alignleft" width="285" caption="Queda de guindaste no estádio do Corinthians deixou dois mortos e um ferido. Transparência em São Paulo é baixa, segundo pesquisa"]
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[fotografo]Marcelo Camargo/ABr[/fotografo][/caption]A seis meses da abertura da Copa do Mundo, o Brasil ainda patina na transparência dos gastos públicos. Levantamento divulgado hoje (3) pelo Instituto Ethos revela que apenas três das 12 cidades que sediarão jogos do Mundial obtiveram índice elevado de transparência. Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte foram as capitais mais bem avaliadas. Alcançaram mais de 70 pontos num ranking que vai de zero a 100. Por outro lado, o destaque negativo ficou por conta de Natal, a única cidade que regrediu em relação à pesquisa anterior, divulgada em novembro do ano passado. Salvador, São Paulo, Recife, Fortaleza e Manaus também tiveram índice baixo ou muito baixo.
Os indicadores fazem parte do projeto
Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios, do Instituto Ethos. A partir de 90 indicadores, os pesquisadores examinam o grau de participação popular, a navegabilidade dos
sites e portais da Copa e o conteúdo oferecido por cada cidade-sede.
Os principais problemas constatados foram a falta de justificativa para mudanças de valores e prazos nos contratos assinados para a execução das obras, dificuldades para acessar o orçamento das intervenções e a concessão de isenções fiscais, além da decretação de sigilo para informações que deveriam ser públicas.
O instituto avalia que houve evolução desde o ano passado, quando nenhuma capital alcançou pontuação acima da média. Na ocasião, Porto Alegre foi a mais bem avaliada, com 49,92 pontos. No levantamento divulgado esta manhã, três cidades ficaram com índice de transparência alto: Brasília (77,26), Porto Alegre (71,82) e Belo Horizonte (70,33 pontos).
Rio de Janeiro (50,37), Cuiabá (49,08) e Curitiba (45,87 pontos) ficaram com índice de transparência média. Outras quatro capitais tiveram nível baixo: São Paulo (38,15), Recife (35,55), Manaus (25,18) e Fortaleza (23,24). As cidades menos transparentes na organização da Copa, segundo o Instituto Ethos, são Salvador (19,48) e Natal (12,21), que foram conceituadas com índice muito baixo de transparência.
Entre os itens avaliados pela pesquisa estão a realização de audiências públicas, o funcionamento das ouvidorias, a divulgação de conteúdo de interesse público sobre obras relacionadas à organizada do evento e a facilidade de acesso do cidadão a essas informações. O levantamento examina desde a divulgação da execução orçamentária das construções até a existência de telefones gratuitos para quem pretende solicitar dados.
Veja como anda a transparência nas 12 cidades que vão sediar a Copa:
Transparência alta
Brasília - 77,26
Porto Alegre - 71,82
Belo Horizonte - 70,33
Transparência média
Rio de Janeiro - 50,37
Cuiabá - 49,08
Curitiba - 45,87
Transparência baixa
São Paulo - 38,15
Recife - 35,55
Manaus - 25,18
Fortaleza - 23,24
Transparência muito baixa
Salvador - 19,48
Natal - 12,21
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