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operação contragolpe
Congresso em Foco
19/11/2024 | Atualizado às 10h40
A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal (PF), revelou um plano golpista que envolve integrantes das Forças Especiais do Exército, o grupo de elite conhecido como "kids pretos". Além de um agente da própria PF, quatro militares do Exército com formação em operações especiais foram presos, suspeitos de planejar um atentado contra autoridades máximas do país e um golpe de Estado. O plano, batizado de "Punhal Verde e Amarelo", previa a execução de Lula, Alckmin e Moraes no dia 15 de dezembro de 2022, dias antes da posse do novo governo.
Foram presos na operação *:
Os "kids pretos" são reconhecidos por sua alta capacidade em operações especiais, como guerra não convencional, reconhecimento especial e contraterrorismo. O treinamento rigoroso, que inclui cursos de paraquedismo e ações de comando, prepara esses militares para atuar em missões sigilosas e de alto risco.
A associação de integrantes do grupo com planos golpistas não é novidade. A Operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, já havia apontado a existência de um plano para a execução de um golpe de Estado e a prisão de Alexandre de Moraes. As novas investigações aprofundaram as suspeitas e revelaram um plano mais abrangente, que incluía a morte de Lula, Alckmin e do próprio ministro do Supremo.
Ligações com o governo Bolsonaro
O general reformado Mário Fernandes, um dos presos, foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e assessor do deputado Eduardo Pazuello. Essa ligação reforça as suspeitas de que o plano golpista tinha raízes no governo anterior. Ele foi para o governo depois de deixar o Comando de Operações Especiais, em Goiânia, e ir para a reserva. Mário chegou a ser ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência. A Tempus Veritatis captou mensagens trocadas por ele com outros militares nas quais pedia uma reação contra a posse de Lula, o que o levou a ser um dos alvos da operação em fevereiro.
O posto na capital goiana, a mais próxima de Brasília, localizada a 200 km de distância, é considerado estratégico. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, chegou a ser indicado para assumir o comando do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia. Sua nomeação foi barrada após a posse de Lula, quando ele passou a ser investigado por envolvimento em diversas irregularidades.
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