[caption id="attachment_190895" align="alignleft" width="350" caption="Porta-voz da impopularidade: Traumann pensava em deixar posto há tempos"]

[fotografo]Antônio Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]A presidenta Dilma Rousseff aceitou nesta quarta-feira (25) o pedido de demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Thomas Traumann. Em comunicado com apenas duas frases, Dilma agradece "a competência, dedicação e lealdade" do também porta-voz do Planalto. Não foi feita qualquer menção ao vazamento de
documento interno, revelado pelo jornal
O Estado de S. Paulo, com a informação de que 32% dos eleitores de Dilma mudaram de opinião negativamente.
O documento da Secom admite que existe um forte movimento de perda de adesão de eleitores petistas neste início de gestão. Segundo a pesquisa, encomendada pela secretaria ao Ibope, a má imagem do governo federal junto a este eleitorado foi gestada nos últimos seis meses. Além disso, a Secom admite que a comunicação oficial "foi errada e errática" nos primeiros meses de 2015.
Com apenas cinco páginas, o material narra problemas enfrentados pela Secretaria de Comunicação de Dilma e uma gradativa redução de popularidade da presidente, principalmente nas redes sociais. Por conta disso, o texto sugere que o PT precisa fazer uma ofensiva em sites, redes sociais e em blogs alinhados ao governo para reconquistar o eleitor.
Nos bastidores, especula-se sobre a razão que levou ao vazamento do documento, uma vez que Traumann já havia manifestado o desejo de deixar a Secom há algum tempo. Dias depois da veiculação do material, ficou vaga a chefia da secretaria de comunicação na Petrobras, para onde o agora ex-porta-voz de Dilma estaria a caminho.
Depois de formalizada sua saída, Traumann foi à sua conta no Twitter e, em uma espécie de celebração dos novos ares, registrou trecho da canção "Novos rumos", do artista Paulinho da Viola. "Todos os anos vividos / São portos perdidos que eu deixo pra trás / Quero viver diferente / Que a sorte da gente / É a gente que faz", diz a letra.
Mais sobre reforma ministerial