[caption id="attachment_214197" align="alignleft" width="285" caption="Número de refugiados no Brasil chegou a 8.530 em setembro. Destes, 2.097 são sírios"]
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[fotografo]Eduardo Ogata/São Paulo Carinhosa[/fotografo][/caption]Sem ter um programa específico para acolher os refugiados que chegam em números cada vez maiores, a solução encontrada pelo governo brasileiro tem sido integrá-los ao Bolsa Família. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, até julho, cerca de 400 imigrantes sírios estavam inscritos no programa de transferência de renda. As informações são da BBC Brasil.
No total, 15.707 famílias com estrangeiros estão no programa, cujo benefício médio é de R$ 167 mensais por família. Neste grupo, o número de sírios tem crescido desde 2013, ano em que o Brasil facilitou a concessão de vistos. Naquele ano, sete famílias com pelo menos um sírio (aproximadamente 25 pessoas) estavam entre os beneficiários do programa. Dois ano depois o número já chega a 163 famílias. O programa não é restrito aos brasileiros, e, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social, qualquer estrangeiro em situação regular no país pode receber o benefício, desde que atenda aos critérios de inclusão. Ou seja, é preciso que a família tenha renda mensal de até R$ 77 por pessoa ou de até R$ 154, se houver crianças ou adolescentes.
Ao todo, o Brasil soma 8.530 refugiados, sendo 2.097 de origem síria. O grupo fica à frente dos angolanos, que são 1.480. O número de refugiados sírios vêm crescendo em decorrência da guerra civil que o país enfrenta há mais de quatro anos. Contudo, o Brasil não ainda não desenvolveu políticas específicas para este segmento da população. Apesar de muitos possuírem qualificação profissional, boa parte dos refugiados não dominam o idioma e, em meio a um cenário de crise econômica, não conseguem emprego.
Veja a reportagem na íntegra na BBC Brasil
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