[caption id="attachment_244601" align="alignleft" width="285" caption="Jucá e Renan negam envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras e tentativa de atrapalhar as investigações"]

[fotografo]Geraldo Magela/Ag. Senado[/fotografo][/caption]Líderes da base aliada e da oposição articulam um grande acordo para barrar no plenário do Senado a eventual ordem de prisão para o presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). A informação é do jornal
O Estado de S.Paulo. Segundo a reportagem, as lideranças pretendem revogar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) caso a corte acolha o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determine a prisão dos dois peemedebistas. O pedido do procurador-geral da República também alcança o ex-presidente José Sarney.
Um senador só pode ser mantido em prisão se o Plenário referendar a ordem de prisão do Supremo, a exemplo do que ocorreu com o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (MS). Em novembro, Delcídio não teve votos suficientes para reverter a decisão do STF e teve de passar quase três meses preso. Só deixou a prisão após fazer acordo de delação premiada.
De acordo com o
Estadão, líderes partidários afirmam não ver gravidade que justifique a prisão de um parlamentar no conteúdo das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado divulgadas até agora. Ainda conforme o jornal, senadores estão apreensivos com a possibilidade de novos pedidos de prisão a partir das revelações da delação premiada de Marcelo Odebrecht. Estima-se que mais de 30 dos 81 senadores sejam apontados como beneficiários de repasses ilegais pelo empreiteiro.
"Fizemos o pedido para ter acesso à delação e gravações do Sérgio Machado. O procurador-geral que prove que teve e qual foi o flagrante", disse o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB). Para o tucano, não se trata de uma resposta institucional ou corporativista, mas de natureza constitucional.
"Eu queria cumprimentar vossa excelência pela serenidade, firmeza e senso de responsabilidade com que vossa excelência, ainda há pouco, se dirigiu à nação e a todos nós, seus colegas aqui no Senado", afirmou em plenário o senador Jorge Viana (PT-AC).
Leia a reportagem do Estadão
Mais sobre a Operação Lava Jato