[caption id="attachment_112183" align="alignright" width="290" caption="Henrique Alves, após sugestão de líderes governistas, prolongou a sessão"]

[fotografo]José Cruz/ABr[/fotografo][/caption]O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu esperar a sessão extraordinária iniciada às 7h atingir o quorum mínimo de 257 deputados para encerrar a votação da Medida Provisória 595/12, a
MP dos Portos. Falta votar a redação final e um requerimento de quebra de interstício. Inicialmente, havia acordo para esperar 30 minutos e, sem o número mínimo, a discussão seria encerrada e a proposta perderia a validade.
"Essa sessão não vai acabar nunca", protestou o líder da minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT). Tucanos e demistas chegaram a subir na tribuna para pressionar Henrique Alves a encerrar a sessão. Um deles, Vanderlei Macris (PSDB-SP), chegou a rasgar o regimento em protesto. "Essa sessão está há dez horas para atingir o quorum e não chega nunca", completou Leitão.
No plenário, Henrique Alves de defendeu. Disse que tem sido criticado tanto pela base quanto pela oposição de favorecer o outro lado. "Isso mostra que eu estou no caminho certo, no caminho reto", afirmou. Para encerrar a votação e a MP, que perde a validade hoje, é preciso votar a redação final, normalmente feita de forma simbólica.
Com o pedido, a oposição conseguiu derrubar duas sessões e esticar a discussão por mais de cinco horas. Durante a madrugada, governistas dispararam telefonemas para correligionários. Alguns atenderam os chamados, outros não. "Isso é o cansaço, não tem problema político", disse o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Pela manhã, o quorum aumentou. Até o momento, não chegoou ao mínimo de 257.
Quando se aproximava o fim da quinta sessão desde ontem, Cunha se reuniu com os líderes do governo,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do PT,
José Guimarães (CE), e analisaram as alternativas possíveis. A melhor, na visão de Chinaglia, era encerrar, convocar uma nova reunião e esperar pelo quorum. Foi a acatada por Henrique Alves.
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