[caption id="attachment_116278" align="alignright" width="280" caption="Policiais militares fizeram um cordão de isolamento para impedir entrada de manifestantes"]

[fotografo]Mário Coelho/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]A Direção Geral da Câmara já prepara um plano de contingência caso os manifestantes que cercam o prédio do Congresso decidam invadir a sede do Parlamento Brasileiro. Após uma série de ligações do presidente em exercício da Câmara e do Congresso, André Vargas (PT-PR), e um encontro com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), o efetivo policial foi dobrado. Hospitais da região estão de sobreaviso para caso de feridos e bombeiros de prontidão no prédio.
Inicialmente, pouco mais de 100 policiais faziam parte da segurança do prédio, somados aos 150 policiais legislativos das duas Casas. Para o direitor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, o número é insuficiente. Ele relatou ter conversado pelo menos quatro vezes com o secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar.
O titular da pasta teria garantido que a quantidade de efetivo era suficiente. E que o comandante da Polícia Militar no local tinha a situação sob controle. No início da manifestação, houve empurra-empurra e uso de gás de pimenta pelos policiais. Manifestantes retrucaram com água do espelho em frente ao gramado do Congresso.
Vargas e o líder do PT,
José Guimarães (CE), foram até o Palácio do Buriti para conversar com o governador do DF, Agnelo Queiroz. O petista garantiu que o número era suficiente para impedir uma ocupação pelos manifestantes. Preocupados com o patrimônio, seguranças da Casa passaram a pensar numa contingência. Luzes foram apagadas, bombeiros acionados para o caso de feridos. A intenção é não agravar a situação.
Barreiras foram montadas nas entradas do Salão Negro, por onde chegam as autoridades, e pela chapelaria, entrada de parlamentares. Três manifestantes foram convidados pela direção da Casa para negociar - apenas um deputado está presente:
Mendonça Filho (DEM-PE). Ele não tem cargo na Mesa Diretora. O deputado reclamou que a pauta de reivindicações é muito extensa e não há líderes no movimento.
"A situação de impasse persiste porque não há lideranças para negociar", disse. Após a conversa com os manifestantes, ele se reuniu com a comandante da Polícia Militar, Ilda Ferreira, com o chefe da Casa Militar do GDF, coronel Rogério Leão e com o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio. Eles discutiram como a polícia poderia agir em caso de invasão.
Da Rússia, onde cumpre agenda oficial, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou por meio de sua assessoria que acompanha a situação e que está preocupado. A situação é tranquila. Manifestantes gritam palavras de ordem contra Agnelo, contra a PEC 37, que retira do Ministério Público a possibilidade de investigar crimes, contra a Fifa e a favor das pessoas que participaram dos protestos em São Paulo.
Matéria atualizada em 22h00