[caption id="attachment_116374" align="alignleft" width="286" caption="Gilberto Carvalho: "Não conseguimos entender o que está ocorrendo ainda""]

[fotografo]Antonio Cruz/ABr[/fotografo][/caption]O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (18) que a presidenta
Dilma Rousseff monitorou por meio de auxiliares as manifestações ocorridas ontem em 12 capitais brasileiras. De acordo com o ministro, Dilma está tentando compreender os protestos para avaliar a necessidade de tomar algum tipo de medida. "Ela está muito atenta e passou o dia de ontem muito preocupada em fazer essa análise e não tomar nenhuma ação, porque precisa fazer um diagnóstico dessa realidade para não sair tomando medidas", afirmou Gilberto, em audiência pública no Senado.
Sem lideranças partidárias, mobilizados principalmente pelas redes sociais, cerca de 250 mil
manifestantes tomaram as ruas das principais capitais brasileiras e ocuparam parte do
Congresso para protestar por melhorias no transporte, na saúde e na educação, e contra políticos e gastos com a Copa. "Não conseguimos entender o que está ocorrendo ainda. São novas formas de organização de mobilização que ainda não compreendemos", admitiu.
Um dos principais articuladores do governo com os movimentos sociais, Gilberto Carvalho disse que é preciso entender a complexidade do que está ocorrendo. "Há uma base social de descontentamento que se expressa neste momento", avaliou. Segundo ele, a falta de líderes é uma das peculiaridades desse movimento.
O ministro defendeu a atuação dos policiais que impediram a invasão do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, e do Congresso Nacional, em Brasília, ontem à noite, sem que houvesse um confronto violento com os manifestantes. "Este tem de ser o limite e cabe a quem está em posição de governo zelar pela lei e pela ordem", ressaltou. "O processo foi exemplar, adequado", acrescentou.
Rosemary
Gilberto Carvalho participou de audiência na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado para dar explicações sobre a denúncia de que o Planalto havia conduzido uma investigação paralela à sindicância da Casa Civil sobre as denúncias de tráfico de influência contra Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. "Não teve qualquer divergência em relação à sindicância e não teria sentido qualquer iniciativa de atrapalhar ou fazer uma investigação paralela", declarou.
O ministro disse, ainda, que não pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) para retirar o seu nome da lista de testemunhas no processo movido pelo órgão para apurar as denúncias contra Rosemary. "Não sei por que ela me citou como testemunha, nem por que a CGU me retirou. Ela não me pediu autorização para me listar como testemunha, tampouco a CGU me consultou se deveria me retirar como testemunha", afirmou. Rosemary foi exonerada do cargo em dezembro, após suspeita de que utilizava o cargo para fazer lobby no governo, conforme as apurações da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Mais sobre os protestos 0,20