[caption id="attachment_118858" align="alignright" width="280" caption="Para Paim, proposta vai além do que pede as ruas. "É um apelo moral e ético""]
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[fotografo]Waldemir Barreto/Agência Senado[/fotografo][/caption]A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) uma proposta de emenda à Constituição que reduz as possibilidades de voto secreto no Congresso Nacional. O texto ainda precisa ser analisado pelo plenário em dois turnos. Se aprovada, a PEC do
voto aberto seguirá para a Câmara.
A medida faz parte do conjunto de propostas sugeridas pela presidenta Dilma Rousseff para a reforma política. O texto aprovado amplia a publicidade da votação para indicações de autoridades e chefes de missões diplomáticas, exoneração do Procurador-Geral da União antes do término do seu mandato, cassação de mandato parlamentar e apreciação de vetos presidenciais.
Ainda fica mantido o voto secreto para eleições de membros da Mesa do Senado e da Câmara. No entanto, segundo o relator da proposta aprovada hoje, senador
Sergio Souza (PMDB-PR), já existe outro projeto que busca acabar com o sigilo nestes casos também.
Segundo o autor da proposta, senador
Paulo Paim (PT-RS), a abolição do voto secreto "é mais que um clamor popular, é um apelo moral e ético". "O parlamentar assume um mandato por fruto dos votos que recebeu e que o legitima a representar a vontade do cidadão que a ele confiou o voto. Nada mais justo que este cidadão possa fiscalizar suas ações e posturas através do voto aberto", argumenta Paim no seu texto.
Sergio Souza defendeu em plenário que o Senado aprove a matéria ainda antes do recesso parlamentar, marcado para começar em 18 de julho. Ele defendeu a quebra de interstícios para acelerar a votação dos dois turnos da PEC.
Na semana passada, a CCJ da Câmara
aprovou proposta semelhante, porém mais restrita. Ela determina a publicidade do voto apenas em votações sobre cassação de mandato. O texto ainda precisa ser analisado em comissão especial e depois em plenário. De autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a matéria já foi aprovada pelo Senado na época em que o ex-senador Demóstenes Torres enfrentou o processo que rendeu a perda do seu mandato.
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