[caption id="attachment_119132" align="alignleft" width="290" caption="Temer participou de reunião com ministros e líderes na Câmara"]
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[fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O vice-presidente Michel Temer emitiu uma nota oficial na tarde desta quinta-feira (4) afirmando que o governo mantém a intenção de realizar o plebiscito sobre a
reforma política em tempo de as novas regras valerem para as eleições de 2014. Após reunião com líderes na Câmara, ele disse que não havia mais "condições de fazer qualquer consulta antes de outubro".
Na manhã de hoje, o vice-presidente se reuniu com líderes da base governista da Câmara. Ao final do encontro, ele afirmou que as mudanças que forem aprovadas no sistema político brasileiro só devem valer a partir de 2016. Com a dificuldade em realizar o plebiscito da reforma política
ele entende ser impossível elaborar a consulta pública e aprovar projetos no Congresso até 5 de outubro, prazo limite para modificar a legislação eleitoral.
No entanto, Michel Temer recuou e afirmou que o governo mantém a disposição de realizar o plebiscito ainda este ano. "Embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014".
Segundo Temer, a declaração dada pela manhã foi apenas um relato sobre a opinião de alguns líderes partidários, em função dos prazos indicados pelo Tribunal Superios Eleitoral (TSE) para a consulta popular. A corte eleitoral disse precisar de pelo menos 70 dias para organizar o plebiscito.
"Reafirmo o compromisso deste governo, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em reunião com todos os governadores e prefeitos de capital, com uma reforma política que amplie a representatividade das instituições através de consulta popular. Na reunião de hoje, foi unânime entre as lideranças dos partidos políticos o apoio a esta tese", afirmou na nota.
Ele informou ainda que na próxima semana se reunirá com líderes da base no Senado para "reafirmação do apoio à tese e discussão da elaboração do decreto legislativo convocando o plebiscito".
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