[caption id="attachment_121173" align="alignleft" width="290" caption="Primeira reunião do grupo definiu calendário e que mudanças só a partir de 2016"]

[fotografo]Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O grupo da
reforma política instalado nesta quarta-feira (17) definiu que as mudanças no atual sistema brasileiro não devem valer para as eleições de 2014. A informação foi passada hoje pelo coordenador do colegiado, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "Nada aprovado aqui é para 2014", afirmou Vaccarezza aos integrantes do grupo.
De acordo com Vaccarezza, deixar as propostas para as eleições posteriores dá tranquilidade para o grupo trabalhar. Para valer para o próximo ano, as mudanças no processo eleitoral precisariam ser sancionadas pela presidenta Dilma Rousseff até 5 de outubro, 12 meses antes do pleito. E é possível estudar novos modelos com calma.
Uma das mudanças citadas por deputados no grupo de trabalho, por exemplo, foi a volta da cláusula de barreira. O deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB) sugeriu que o método fosse aplicado gradativamente nas próximas eleições. Vaccarezza, então, disse que o tema também será estudado nas próximas sessões, todas marcadas para agosto.
"Nada aprovado aqui é para 2014. Para nós podermos trabalhar com tranquilidade e não trazer para cá o tensionamento de fora", disse o petista. Na reunião, ficou estabelecido a realização de quatro audiências públicas em agosto. Depois, os deputados passam a discutir as propostas específicas. Na sequência, o texto aprovado segue para o plenário da Câmara.
Após uma semana de atraso, o grupo de trabalho foi instalado. A demora ocorreu por causa de uma briga interna no PT. Vaccarezza e o deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma em 2011 e 2012, disputavam a coordenação. O petista paulista foi escolhido para o cargo pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Já Fontana teve a indicação da bancada.
No entanto, Fontana se sentiu preterido e deixou o grupo. O líder do PT,
José Guimarães (CE), indicou então Ricardo Berzoini (PT-SP) para a posição. "Ele vai representar as posições da bancada no grupo", disse Guimarães ontem (16). Os petistas são os únicos com duas posições no colegiado. Os outros partidos possuem uma vaga cada.
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