[caption id="attachment_137105" align="alignleft" width="290" caption="Na entrevista, Genoino disse ter sido condenado pelo STF por presidir o PT"]
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[fotografo]Gustavo Lima/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Preso desde sexta-feira (15) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente nacional do PT
José Genoino afirmou que não vai abandonar a vida política. Em entrevista à revista
Istoé, que começou a circular neste fim de semana, citou a luta por "sonhos e causas" como o sentido da sua vida. Além disso, disse ter sido condenado por presidir o partido e usou a expressão repetida pelos petistas nos últimos dias: "Isso faz de mim um preso político".
"Jamais deixarei a luta política. Posso ter que mudar a forma, o local e o uniforme, mas o sentido da minha vida é lutar por sonhos e causas. Nunca lutei por questões pessoais", afirmou na entrevista. Além da prisão, Genoino deve enfrentar um processo de cassação do mandato, apesar de não ser o suplente do cargo. Como pediu licença médica, ainda recebe os R$ 26,7 mil do salário de deputado. Em setembro, entrou com um pedido de aposentadoria por invalidez, que ainda não foi analisado.
A entrevista foi concedida ao diretor da sucursal da
Istoé em Brasília, Paulo Moreira Leite, na quarta-feira (20), um dia antes de Genoino ser levado ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) após sentir um mal súbito. A suspeita inicial era que o petista teria sofrido um infarte. Depois de uma série de exames, a hipótese acabou descartada. Ele será submetido a
novos testes hoje (23) para embasar a decisão do relator do mensalão, Joaquim Barbosa, sobre o pedido de prisão domiciliar feito por sua defesa.
Questionado o motivo de se considerar um preso político, Genoino respondeu: "Não cometi nenhum crime. Fui condenado por ser presidente do PT". Segundo o petista, todas as contas do partido foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os empréstimos foram quitados. Para ele, o partido provou, "em parte", do próprio veneno. Foi a resposta ao questionamento de, quando estava na oposição, a sigla ter estimulado denúncias de caráter moral e que nem sempre era capaz de sustentar.
Leia a íntegra da entrevista
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