[caption id="attachment_168899" align="alignleft" width="180" caption="Integrante do CQC, Guga Noblat tentou falar com Aécio, mas o candidato a vice, Aloysio Nunes, não gostou"]
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O candidato do PSDB à Presidência da República,
Aécio Neves, suspendeu no início da tarde desta quarta-feira (3) uma caminhada que faria no centro de Santos, litoral paulista, com governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição. A decisão foi uma resposta ao tumulto provocado quando dois programas de TV da Rede Bandeirantes - Pânico! e CQC, ambos humorísticos - tentaram abordar Aécio para fazer as brincadeiras características das atrações.
Ao falar com a imprensa tradicional, Aécio ainda conseguiu responder a três questões em meio a empurrões e disputa por espaço - o humorista paramentado como o ex-presidente Lula, simulando um deslocamento presidencial, estava acompanhado de "seguranças" que, segundo o site da
Folha de S.Paulo, impediam o acesso a Aécio.
Foi quando o candidato a vice-presidente na chapa de Aécio, o também senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), reclamou da confusão instalada no local. "Respeitem os seus colegas e o candidato, que está tentando fazer campanha", vociferou. Ainda segundo o veículo de imprensa paulista, um homem que segurava um microfone da Rede TV! interrompeu por diversas vezes a tentativa de entrevista coletiva ao gritar "e o desemprego?".
Aécio foi instado também a comentar os boatos de que abandonaria a campanha em favor de Marina Silva (PSB), atual líder das pesquisas de intenção de voto, como forma de tirar o PT do poder. Terceiro candidato mais mencionado nas principais consultas do país, produzidas por Ibope, Datafolha e Census, o tucano disse que está na corrida presidencial "para vencer". E ainda estocou Marina e Dilma a um só tempo.
"Estou convicto que Dilma vai perder. Vejo a Marina com um conjunto de boas intenções", atacou o senador, acrescentando que Marina não tem condições de atender ao anseio da população por mudanças.
Antes de decidir encerrar o ato de campanha, Aécio conseguiu falar sobre gestão portuária, dizendo que a descentralizaria, e produção nacional, prometendo um "choque de infraestrutura" caso seja eleito em outubro. Diante da impossibilidade de continuar falando, Aécio tentou se refugiar em uma pastelaria tradicional, onde o empurra-empurra continuou - no trajeto de menos de 500 metros, uma senhora que seguia o grupo foi derrubada. O tucano deixou o local cerca de meia hora depois de chegar.
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