[caption id="attachment_178947" align="alignright" width="285" caption="Toron defende o presidente do grupo UCT Constran no inquérito da Lava Jato"]

[fotografo]Gil Ferreira/SCO/STF[/fotografo][/caption]Alberto Toron, advogado do presidente do grupo UTC Constran, Ricardo Pessoa, comparou a falta de acesso das defesas às delações da Operação Lava Jato com a forma que pessoas presas em
Guantánamo foram processadas após o atentado às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. Para ele, que concedeu entrevista ao jornal
Folha de S. Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) está com medo de transformar o caso em um novo mensalão e acaba legitimando uma irregularidade.
"Os processos de Guantánamo tinham provas secretas. Do ponto de vista das provas, a Lava Jato é semelhante a Guantánamo", afirmou Toron à Folha. Para ele, o segredo mantido pelo juiz federal
Sergio Moro tornou-se desnecessário após o vazamento de trechos dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. "É inadmissível que haja processos ou inquéritos com acusações gravíssimas, prisões, sem que os acusados tenham noção completa do que foi dito"
Na entrevista, Toron afirmou que as prisões feitas até agora na Lava Jato, especialmente na sétima fase da operação, são desnecessárias. Para ele, o Supremo tem legitimado a atuação de Moro. Ele disse que os advogados dos empreiteiros investigados possuem "profunda reserva" à forma do magistrado atuar. "É triste e me pesa dizer isso, mas ele perdeu a imparcialidade".
Leia a íntegra da entrevista
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