[caption id="attachment_182316" align="alignleft" width="285" caption="Ideli é apontada como favorita para permanecer na pasta, apesar da resistência do PT"]

[fotografo]José Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O Setorial Nacional de Direitos Humanos do PT criticou nesta terça-feira (30) a possibilidade de Ideli Salvatti ser indicada para continuar como ministra da área no segundo mandato de Dilma Rousseff. Uma das petistas mais próximas da presidenta, ela está no cargo desde 1º de abril, quando deixou a Secretaria de Relações Institucionais e assumiu a Secretaria de Direitos Humanos no lugar de
Maria do Rosário, que retomou o mandato na Câmara.
Na nota, o grupo entende que é necessário dar uma "sinalização à esquerda" com a indicação de um nome da área na Secretaria de Direitos Humanos. Dilma vem sofrendo críticas pela formação de um primeiro escalão mais conservador, especialmente na economia, com Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento, e na Agricultura, que terá como titular a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
"O governo Dilma está sendo atacado por colocar ministros completamente estranhos às suas pastas, manter a atual ministra na pasta de Direitos Humanos seria corroborar com isso", diz o setorial na nota. Entre os nomes aprovados pelo grupo estão dos ex-ministros da pasta Nilmário Miranda,
Maria do Rosário e Paulo Vanucchi. "Ficando a SDH com o Partido dos Trabalhadores, há um entendimento que a ministra deu a sua contribuição, mas é necessária para qualificação da SDH à nomeação de algum petista ligado a área dos Diretos Humanos."
Até agora, Dilma indicou 25 dos 39 ministros para o segundo mandato. Existe a expectativa que outros integrantes do primeiro escalão sejam confirmados hoje. Entre eles, Ideli e os atuais ocupantes da Justiça (José Eduardo Cardozo), Saúde (Arthur Chioro) e do Trabalho (Manuel Dias).
Veja a íntegra da nota:
"
NOTA PELA TROCA DE COMANDO NA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DO GOVERNO DILMA.
O Setorial Nacional de Direitos Humanos do Partido dos Trabalhadores entende ser necessário avançar nas políticas de ações afirmativas na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Assim, diante do atual momento que setores conservadores da classe média e da elite brasileira começaram usar a entidade familiar (na concepção deles), para defenderem suas idéias e retroagirmos nas conquistas sociais e humanitárias.
Neste sentido, é fundamental darmos uma sinalização à esquerda e colocar quadro da área na SDH. O governo Dilma está sendo atacado por colocar ministros completamente estranhos às suas pastas, manter a atual ministra na pasta de Direitos Humanos seria corroborar com isso.
A SDH sempre se caracterizou por ser a pasta dos Governos Petistas mais próximas dos Movimentos Sociais e com um caráter essencialmente petista. Depois de termos figuras diretamente ligada aos Direitos Humanos como Nilmário Miranda, Paulo Vannuchi e Maria do Rosário, colocar alguém não caracterizado com a militância em Direitos Humanos, fez com que nenhuma política específica da pasta avançasse.
Ficando a SDH com o Partido dos Trabalhadores, há um entendimento que a Ministra deu a sua contribuição, mas é necessária para qualificação da SDH à nomeação de algum petista ligado a área dos Diretos Humanos.
Setorial Nacional de Direitos Humanos do PT"
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