[caption id="attachment_194735" align="alignleft" width="285" caption="Rodrigo Maia, em conversa com o vice-presidente da República, Michel Temer"]

[fotografo]Gabriela Korossy/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]Os partidos da oposição e que se declaram independentes ajudaram o governo a aprovar a primeira medida provisória do ajuste fiscal. Deputados dessas legendas deram 19 dos 252 que garantiram a aprovação do texto-base da MP 655/14, que torna mais rigoroso o acesso a direitos trabalhistas ao alterar regras de concessão de benefícios como o seguro-desemprego. Esses votos foram decisivos para o governo, já que 227 votaram contra a mudança nas regras. As dissidências vieram dos oposicionistas DEM (oito dos 22 presentes) e Solidariedade (um entre 13) e dos autodeclarados independentes PSB (sete de 29) e PV (três de oito).
No DEM, votaram com o governo, contra a orientação da bancada: Carlos Melles (MG),
Claudio Cajado (BA),
Elmar Nascimento (BA), José Carlos Aleluia (BA), Marcelo Aguiar (SP), Mizael Varella (MG),
Paulo Azi (BA) e Rodrigo Maia (RJ). No Solidariedade, de Paulo Pereira da Silva (SP), presidente licenciado da Força Sindical e um dos principais opositores ao governo, a única dissidência foi de Elizeu Dionizio (MS).
No PSB, que tem mantido posição de independência em relação ao Planalto, votaram com o governo:
Átila Lira (PI), José Reinaldo (MA), Keiko Ota (SP), Luiz Lauro Filho (SP), Tenente Lúcio (MG),
Tereza Cristina (MS) e
Vicentinho Júnior (TO). Também do bloco dos independentes, o PV rendeu três votos para o governo: Fábio Ramalho (MG), Sarney Filho (MA) e Victor Mendes (MA).
Aliados
Entre os governistas, o mais "infiel" à orientação do governo foi o PDT, do ministro do Trabalho, Manoel Dias. Todos os 19 pedetistas votaram contra a proposta do ajuste fiscal. O segundo maior dissidente entre os governistas foi o PP, que se dividiu na votação: 18 deputados da bancada votaram contra a MP, e 21 a favor.
O PMDB, do vice-presidente Michel Temer (RJ) e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou o apoio à MP 655, com 50 votos favoráveis e 13 contrários. Os peemedebistas ameaçaram não votar com o governo caso o PT não fechasse questão sobre o assunto. Pressionados, os petistas acabaram apoiando a medida: dos 55 deputados do partido presentes, apenas Welliton Prado (MG) votou contra.
Entre outras alterações, a MP aumenta o tempo de trabalho para que a pessoa requeira pela primeira vez o seguro-desemprego: de seis para 12 meses. O governo queria estender esse prazo para 18 meses, mas foi obrigado a recuar.
Veja como cada partido votou:
Clique aqui para ver como cada deputado votou
Partido |
NÃO |
SIM |
Abstenção |
Presentes |
DEM |
14 |
8 |
0 |
22 |
PCdoB |
2 |
11 |
0 |
13 |
PDT |
19 |
0 |
0 |
19 |
PEN |
0 |
1 |
0 |
1 |
PHS |
5 |
0 |
0 |
5 |
PMDB |
13 |
50 |
0 |
64* |
PMN |
1 |
2 |
0 |
3 |
PP |
18 |
21 |
0 |
39 |
PPS |
11 |
0 |
0 |
11 |
PR |
5 |
27 |
0 |
32 |
PRB |
8 |
11 |
0 |
19 |
Pros |
3 |
8 |
0 |
11 |
PRP |
2 |
1 |
0 |
3 |
PRTB |
1 |
0 |
0 |
1 |
PSB |
22 |
7 |
0 |
29 |
PSC |
8 |
2 |
0 |
10 |
PSD |
6 |
26 |
0 |
32 |
PSDB |
51 |
0 |
0 |
51 |
PSDC |
1 |
1 |
0 |
2 |
PSL |
0 |
1 |
0 |
1 |
Psol |
5 |
0 |
0 |
5 |
PT |
1 |
54 |
0 |
55 |
PTB |
11 |
12 |
1 |
24 |
PTC |
1 |
1 |
0 |
2 |
PTdoB |
1 |
1 |
0 |
2 |
PTN |
1 |
3 |
0 |
4 |
PV |
5 |
3 |
0 |
8 |
SD |
12 |
1 |
0 |
13 |
Total |
227 |
252 |
1 |
481 |
* Por impedimento regimental, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não votou.
Câmara aprova primeira medida do ajuste fiscal
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