[caption id="attachment_205181" align="alignleft" width="350" caption="Senador ouviu gritos de protesto contra projeto de lei de sua autoria"]

[fotografo]Marcos Oliveira/Agência Senado[/fotografo][/caption]O senador José Serra (PSDB-SP) foi hostilizado nesta quarta-feira (12) por petroleiros revoltados com a apresentação do Projeto de Lei 131/2015, que acaba com a participação obrigatória da Petrobras na exploração do pré-sal. Para a categoria, que foi ao Senado protestar contra Serra, autor da proposição, a desobrigação de investimentos por parte da petrolífera abre espaço para o capital externo - em processo que se assemelharia, segundo os petroleiros, à privatização de projetos do pré-sal.
"Entreguista! Entreguista!", bradaram os petroleiros (veja no vídeo abaixo), representados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
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Serra discorda da acusação, e diz que não está a defender interesses de grandes corporações estrangeiras, em detrimento das empresas brasileiras. Para o tucano, as críticas à proposição são um misto de "bobagens" e "desconhecimento". "De jeito algum. [O projeto] apenas tira a obrigatoriedade da Petrobras de estar presente em tudo e pagar 30% de tudo. Mas, se ela quiser, pode pegar qualquer leilão para ela", disse ao
Congresso em Foco.
Mais cedo, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) foi designado
relator da comissão especial criada para examinar o projeto. Polêmica, a matéria já chegou a ser levada a plenário, mas
divergências de diversos senadores provocaram sua retirada de pauta para nova rodada de discussões.
Mesmo a composição do colegiado já é motivo de controvérsia. Representante de um estado recordista em produção de petróleo,
Lindbergh Farias (PT-RJ) protestou contra a escolha de Ferraço para relatar os trabalhos e a exclusão de petistas dos postos de comando.
"Não vamos aceitar dessa forma. Vocês vão fazer uma comissão só de um lado. Essa posição aqui é para nos humilhar, é para não ter debate. Vamos nos retirar dessa comissão e, talvez, montar uma comissão paralela. Querer interferir nas nossas indicações? Se quiserem retomar o diálogo com a gente, nós estamos abertos", protestou o petista.
Colaborou Gabriela Salcedo.
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