[caption id="attachment_211718" align="alignleft" width="285" caption="Líder peemedebista tem sido um dos principais interlocutores de Dilma no Congresso"]

[fotografo]Gustavo Lima/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]A bancada de 67 deputados do PMDB na Câmara vai viabilizar a vitória do governo, nesta terça-feira (22), no Plenário do Congresso, onde está em curso a votação sobre vetos da presidenta Dilma Rousseff a 32 projetos aprovados nas duas Casa do Legislativo. Foi o que disse ao
Congresso em Foco há pouco o líder do PMDB naquela Casa, Leonardo Picciani (RJ), para quem "uma ou outra dissidência" deve ser verificada - caso de Darcísio Perondi (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), que se declaram oposicionistas, mesmo em um partido da base, e até participaram do
movimento pró-impeachment lançado em 10 de setembro.
Segundo Picciani, a bancada votou majoritariamente, em uma das reuniões sobre a pauta de votações, pelo fechamento de questão em favor dos vetos. Como este
site mostrou mais cedo, o líder do PMDB no Senado,
Eunício Oliveira (CE), também já assegurou o voto de seus
17 correligionários a favor do governo. São necessários os votos de ao menos 257 deputados e 41 senadores (maioria absoluta) para que tais negativas presidenciais sejam derrubadas.
Questionado sobre a iminência
Da Vitoria governista ao menos em "pautas-bomba" que
preocupam também o mercado, como o reajuste de até 78% para servidores do Judiciário, Picciani preferiu não arriscar, mas manifestou otimismo. "Vamos aguardar [o fim da votação]. Eu acredito que sim [manutenção do veto ao reajuste]", declarou o líder peemedebista.
Interlocutor frequente de Dilma nas últimas semanas, Picciani adiantou à reportagem que, amanhã (quarta, 23), estará em curso mais uma etapa do ensaio de retomada da parceria do PMDB com o governo. Em nova reunião com a presidenta, Picciani disse que o comando do partido discutirá com a cúpula do Planalto uma reacomodação de representantes da sigla em ministérios, em uma espécie de antecipação da reforma ministerial planejada para os próximos dias.
Hoje (terça, 22), o próprio Picciani levará a Dilma uma lista com quatro nomes para serem colocados em ministérios estratégicos - como o da Saúde, ora ocupado por Arthur Chioro. Com apenas dois nomes da cota do PMDB na Câmara em pastas do atual governo, a ideia é ampliar o espaço em troca de apoio para futuras votações. O provável substituto de Chioro será o deputado Manoel Júnior (PB), pré-candidato do partido à Prefeitura de João Pessoa - a imprensa paraibana já dá como certa a troca. Mas também estão na disputa nomes como os correligionários peemedebistas Leonardo Quintão (MG),
José Priante (PA) e
Marcelo Castro (PI).
Este
site apurou que ministros como Henrique Alves (Turismo) devem ser mantidos em seus postos. Já nomes como Kátia Abreu (Agricultura), no PMDB há apenas dois anos - filiou-se ao partido, egressa do DEM e do PSD, em outubro de 2013 - podem ser substituídos, embora a presidenta Dilma tenda a mantê-la no cargo.
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