[caption id="attachment_217746" align="alignleft" width="285" caption="Em depoimento, delator diz que compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras pode ter sido motivada por interesses políticos"]
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[fotografo]Tânia Rego/Agência Brasil[/fotografo][/caption]De acordo com depoimento de Agosthilde Mônaco de Carvalho, funcionário da área internacional da Petrobras e mais novo delator na
Operação Lava Jato, o fim do processo judicial da estatal com a sócia belga Astra Oil pode ter rendido propinas entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões. Segundo reportagem do jornal
O Globo, a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006, pode ter sido induzida por interesses políticos.
Carvalho participou da negociação e, em depoimento na última semana, afirmou aos investigadores da Polícia Federal que, na época em que a Petrobras pagou US$ 416 milhões por metade de Pasadena, já era sabido que a refinaria norte-americana estava sucateada. Os envolvidos chamavam-na de "ruivinha" em decorrência da ferrugem de suas estruturas.
Ao alertar sobre as más condições de conservação da refinaria, Carvalho conta que Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional, teria dito "não se meta, Mônaco, isto é coisa da Presidência".
Em acordo de delação premiada, Carvalho conta que ouviu Cerveró dizer que matariam "dois coelhos com uma única cajadada" com a compra de Pasadena: sabia-se que José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras, tinha "compromissos políticos a saldar" e, além disso, que o grupo começaria a refinar óleo nos Estados Unidos.
Veja a reportagem na íntegra em O Globo
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