[caption id="attachment_217816" align="alignleft" width="370" caption="Manifestantes pró-impeachment interromperam discurso de presidente do PMDB "]
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[fotografo]Fábio Góis[/fotografo][/caption]Durante congresso da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, realizado em Brasília nesta terça-feira (17), manifestantes de grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) interromperam o discurso do presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer. Com gritos de "Brasil para frente, Temer presidente!", o grupo carregava bonecos infláveis da presidente Dilma e cartazes pedindo para que o vice se posicionasse favoravelmente ao impeachment da petista.
Surpreendido já no início de sua fala, depois de pedir um minuto de silêncio para vítimas de ataques terroristas em Paris, Temer sorriu e, ao responder aos manifestantes, comentou a possibilidade de concorrer à Presidência da República: "Ainda não. Por enquanto, não", disse ao grupo.
Durante o evento, a maioria dos discursos feitos por lideranças partidárias de todo o país defendeu o rompimento imediato da aliança com o Partido dos Trabalhadores e o lançamento de candidatura própria para 2018. Ao lado de Temer na mesa do evento estavam os presidentes do Senado,
Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), além de senadores como Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (TO) e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco.
Questão de tempo
Como este
site revelou em 24 de junho, o partido já tinha até
nomes para a sucessão de Dilma, no caminho do rompimento da aliança com o PT. O próprio líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), fez menções a nomes do partido que teriam condições de disputar o posto. Entre os nomes mais cotados pela cúpula partidária estão o próprio Temer e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Na época da publicação da reportagem, até Eduardo Cunha foi mencionado. Hoje, a possibilidade cai por terra depois da descoberta de que Cunha, denunciado ao Supremo Tribunal Federal depois de investigações da
Operação Lava Jato, movimentou milhões de dólares e francos suíços no exterior sem declaração à Receita Federal e, por consequência disso, virou alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
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