A Polícia Federal informou que as investigações continuam e ainda podem ocorrer novos indiciamentos, conforme o transcorrer do inquérito. A atuação da Polícia Federal no caso se deve a sua atribuição para investigar crimes ambientais, já que a onda de lama com rejeitos de mineração atingiu o leito do Rio Doce, que é bem da União - pelo fato de banhar mais de um Estado da Federação, neste caso, Minas Gerais e Espírito Santo, que sofreram as consequências daquela que já é considerada a maior tragédia ambiental da história do País.
Prisão
Logo após a tragédia, o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, obteve um habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para evitar uma eventual prisão, no caso de descumprir uma decisão que exigia providências por parte da mineradora. Ele obteve uma liminar expedida no plantão judiciário pelo desembargador Manoel Alves Rabelo, que acabou sendo confirmada pelo relator original do processo, desembargador Walace Pandolpho Kiffer, da 4ª Câmara Cível do TJES. Para o togado, a ameaça de prisão do executivo decorrente de juiz da seara cível não é revestida da legalidade.
O mérito do habeas corpus deve ser examinado após o retorno dos julgamentos no Tribunal de Justiça, a partir da próxima semana. Em todo caso, a decisão da Justiça capixaba não impede que Ricardo Vescovi venha a ser punido ou até mesmo preso em decorrência do inquérito sobre crime ambiental em Minas Gerais.
Texto publicado originalmente pelo site
seculodiario.com.br
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