[caption id="attachment_239601" align="alignleft" width="285" caption="Deputados de oposição reclamam de como foram recebidos no Uruguai"]

[fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]Deputados federais brasileiros organizaram comitiva para participar da reunião do Parlamento do Mercosul, ocorrida na manhã desta segunda-feira (25), em Montevidéu, capital do Uruguai. Entretanto, parlamentares afirmam ter sofrido constrangimento durante o evento, e acusam o presidente do Parlasul, o argentino Jorge Taiana, de retaliar o grupo. Taiana se posiciona contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e diz concordar com a tese de golpe aventada por governistas.
O grupo se queixou do tratamento que recebeu do evento. O deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi escolhido para apresentar questão de ordem sobre os motivos que levaram a delegação brasileira a ser colocada, por determinação do cerimonial, na última fileira do espaço onde se deu o encontro. No momento da fala, a diretora do evento desligou o microfone, atitude que incentivou o protesto da bancada. Cerca de 17 deputados brasileiros se retiraram da sala de reuniões. Permaneceram no recinto apenas
Benedita da Silva (PT) e Jean Wyllys (Psol-RJ).
Arthur Maia faria críticas à postura do presidente do Parlasul, que usou a estrutura da instituição para emitir uma nota afirmando que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff "é um golpe parlamentar". "Nosso país foi desrespeitado. É um tratamento que ofendeu nossa delegação. Vamos levar o caso ao plenário do Parlasul", avaliou o deputado baiano.
Comentários de bastidores apontam que o intuito de Jorge Taiana é aprovar uma nota conjunta contra o impeachment da presidente Dilma. A oposição brasileira e membros de países que respeitam a soberania do Brasil prometem rechaçar o golpe do presidente que, em nota oficial divulgada no site do Parlasul, já havia considerado o processo de impeachment como um "golpe".
"O Mercosul não pode entrar em assuntos internos do Brasil chamando o impeachment de 'golpe parlamentar'. Inaceitável", disse o deputado Benito Gama (PTB-BA). "Até mesmo a senadora,
Lídice da Mata [PSB-BA], que manifestou-se contrária ao impeachment, foi solidária com a delegação, saindo da reunião", acrescentou o deputado.
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