[caption id="attachment_240006" align="alignright" width="285" caption="Mariz foi advogado de defesa da ex-vice-presidente do Banco Rural, Ayanna Tenório, no mensalão"]

[fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Advogado e amigo pessoal do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Antônio Cláudio Mariz de Oliveira falou ao jornal
Folha de S. Paulo praticamente como ministro da Justiça nesta quarta-feira (26). Em sua
entrevista, Mariz criticou o mecanismo das delações premiadas e disse que a Polícia Federal precisa ter outros focos além do combate à corrupção. Temer, logo após a publicação da entrevista, descartou a nomeação do advogado, segundo o jornal paulista.
"Sou contra a delação nesses termos e, especialmente, a delação do preso. Quem está detido não tem vontade, vontade é sair da cadeia. A lei fala efetividade e voluntariedade do acusado", afirmou Mariz.
Em janeiro, ele fez parte de um grupo de advogados que assinou um manifesto crítico à Operação Lava Jato. O texto comparava a operação a uma "espécie de Inquisição" e à ditadura militar.
O advogado ainda disse à
Folha que a Polícia Federal precisa ter outros focos, além da corrupção: "O crime organizado está tomando conta do país e as polícias estaduais não dão conta".
Durou pouco
Logo após a divulgação da entrevista de Mariz, Michel Temer disse a assessores que o amigo está descartado do Ministério da Justiça, segundo a
Folha. Temer considerou muito "ruim" e "errática" a entrevista. Na avaliação do vice-presidente, este tipo de declaração, neste momento, é muito ruim porque dá munição aos que tentam acusá-lo de desejar o fim da Operação Lava Jato.
Ainda de acordo com o jornal, Temer disse que não pode ter em sua equipe um ministro que tenha críticas à
Operação Lava Jato, que tem desempenhado, segundo ele, papel importante para combater a corrupção no país.
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