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[caption id="attachment_255319" align="alignleft" width="300" caption="Lewandowski refutou a ideia de realizar sessão de julgamento do impeachment no final de semana"]

[fotografo]Antonio Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Plenário do Senado, afirmou que a sessão não será realizada no final de semana, tal como ocorreu na Câmara dos Deputados, em abril. Lewandowski e o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da Comissão Especial do Impeachment, se reuniram na noite de ontem (terça-feira, 2) para discutir detalhes sobre o andamento do processo.
A data para a realização do julgamento, no entanto, só será definida após a votação do parecer de Antonio Anastasia (PSDB-MG) pelo plenário da Casa - isso se o documento for aprovado pela comissão amanhã (4). Qualquer definição antes poderia ser considerada como pré-julgamento. "O presidente só vai decidir oficialmente a data da sessão do julgamento após a pronúncia, porque no entendimento dele a antecipação dessa data seria um juízo de valor antecipado. O julgamento pode começar a partir do dia 25, mas a decisão é dele", disse Raimundo Lira.
Com a decisão, o presidente da corte refutou a declaração do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), que pouco antes disse à imprensa que o julgamento da presidente afastada pode iniciar no dia 25 ou 26 e, se fosse necessário, transcorrer pelos dias 27 e 28 de agosto. Para Lewandowski, como não é comum a realização de sessões do Senado durante o final de semana, a ideia deve ser descartada para evitar futuros questionamentos.
No encontro de ontem foi definido que defesa e acusação terão direito a levar apenas cinco testemunhas para as sessões no plenário. O presidente do STF também aceitou que o libelo acusatório seja entregue no prazo de 24h, e não 48h, o que contribui para a diminuição do o prazo do processo. Na próxima quinta-feira (4)
Renan Calheiros e Lewandowski se reunirão para definir as regras para o julgamento no plenário.
Nos bastidores, o Palácio do Planalto tem pressa e trabalha para que o julgamento aconteça ainda no mês de agosto, para que Michel Temer deixe a condição de interino e possa comparecer à reunião do G-20 já como presidente efetivo. O encontro será realizado na China, nos dias 4 e 5 de setembro.
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