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Congresso em Foco
03/04/2014 | Atualizado às 19h21
[caption id="attachment_122501" align="alignleft" width="285" caption="Vice-presidente da Câmara diz que foi "imprudente" ao voar em jatinho cedido por doleiro preso pela PF"][fotografo]Agência Câmara[/fotografo][/caption]O Psol protocolou, nesta quinta-feira (3), ofício pedindo investigação sobre suspeitas envolvendo o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR). No texto, destinado ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o líder do Psol, Ivan Valente (SP), pede detalhada apuração "em nome da transparência e da imagem pública do Parlamento".
Vargas é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF). Ontem, o deputado discursou em plenário para tentar explicar o episódio em que pegou emprestado um jatinho do doleiro para uma viagem de férias. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo. A operação da PF apura esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em operações suspeitas.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Yousseff também pediu ajuda ao vice-presidente da Câmara numa sondagem sobre eventuais contratos do laboratório Química Fina e Biotecnologia (Labogen) com o governo federal.
"As ilações sobre vantagens indevidas e intermediação de interesses, que atingem o deputado André Vargas e vão além do âmbito pessoal, merecem resposta objetiva e institucional da Câmara dos Deputados. Entendemos que, por ser o deputado membro desse alto colegiado, a própria Mesa Diretora deve solicitar esclarecimentos à instância apropriada para isso, a Corregedoria", defende o Psol.
No discurso em plenário, o deputado afirmou que foi "imprudente". "Claro que, com relação ao avião, eu reconheço, fui imprudente. Foi um equívoco, deveria ter evitado. Peço desculpas aqui e à minha família", declarou. Ele afirma conhecer o doleiro há duas décadas, mas nega saber dos negócios considerados suspeitos do amigo.
O vice-presidente da Câmara reconheceu que não pagou os custos do traslado, ao contrário do que havia dito inicialmente à Folha, de que teria bancado os gastos com combustível. "Quando eu o procurei para viabilizar o pagamento do combustível, não encontrei meios, porque eu não sabia que a aeronave tinha sido locada. Coisa que soube com mais detalhes agora em função da ampla divulgação na mídia", disse.
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