Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
13/7/2014 | Atualizado 14/7/2014 às 16:15
Para a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro, as prisões de 17 ativistas e a apreensão de outros dois feitas ontem (12) pela Polícia Civil do estado, com base na acusação de crime de formação de quadrilha armada, "parecem ter caráter intimidatório, considerando-se que uma manifestação foi convocada para a manhã de hoje (13)".
Em nota assinada pelo presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, a entidade demonstra preocupação com as prisões e repudia o que considera uma "violação às prerrogativas profissionais dos advogados que estão atuando em favor das pessoas presas". Santa Cruz afirmou que, "por meio de suas comissões de direitos humanos e de prerrogativas, a OAB-RJ agirá, como sempre agiu, para impedir arbitrariedades por parte do Estado".
No início da madrugada de hoje, políticos também divulgaram nota para repudiar as prisões, que consideram arbitrárias. O documento é assinado pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), pelos deputados federais Jean Wyllys e Chico Alencar, ambos do Psol-RJ, e pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Segundo eles, "enquanto os brasileiros sofrem com a derrota da seleção, um resultado muito mais grave está sendo engendrado: a derrota da democracia e da Constituição". Afirmam que "por razões políticas", pessoas foram presas, com base em mandados de prisão temporária, "evidenciando mobilização orquestrada com participação governamental".
Na nota, eles reiteram que a operação teve caráter preventivo, para reprimir ações que pudessem perturbar a ordem pública no dia da decisão da Copa do Mundo, no Maracanã. "Por esse motivo, os advogados têm tido dificuldade em conhecer a substância de cada acusação: tudo foi feito para impedir que os presos se beneficiassem de habeas corpus antes de domingo".
Para os signatários da nota, a ação policial representa "uma arbitrariedade inaceitável, que agride o Estado Democrático de Direito". Os políticos do Rio convocam "todos os cidadãos comprometidos com os princípios democráticos, independentemente de ideologias ou filiações partidárias a se unirem contra o arbítrio e a violência do Estado, perpetrada, ironicamente, sob a falsa justificativa de evitar a violência".
De acordo com a Polícia Civil, a Operação Firewall tem 26 mandados de prisão e dois de busca e apreensão (de menores) expedidos pela Justiça. Até o momento, 17 adultos foram presos e dois menores de idade apreendidos, por envolvimento em atos violentos durante manifestações ocorridas no Rio. A ação é um desdobramento de investigações iniciadas em setembro de 2013.
As prisões ocorreram no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, foram apreendidas máscaras, gasolina, arma de choque, um revólver, artefato explosivo, sinalizador, droga, computadores e aparelhos celulares. O grupo foi enquadrado por crime de formação de quadrilha armada, com pena prevista de até três anos de reclusão. Nove pessoas estão foragidas.
Ontem, o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, informou que a quadrilha pretendia praticar atos violentos neste final de semana, quando termina a Copa do Mundo. Segundo ele, provas colhidas ao longo das investigações e também nesse sábado "evidenciam que esse grupo estava se mobilizando para praticar atos de violência".
(Com Agência Brasil)
Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressa
Tags
Temas
LEIA MAIS
CONSELHO DE ÉTICA
Glauber Braga encerra greve de fome contra parecer pela cassação
Processo de Cassação
Hugo Motta diz que "avançou" para o fim da greve de fome de Glauber
SUCESSÃO DE FRANCISCO
Quem são os 135 cardeais que vão eleger (e podem ser) o novo papa
PRESIDENTE NAS REDES
Lula lamenta morte de Cristina Buarque e celebra Páscoa e Calderano