Por maioria absoluta de votos [15 a 2], a Executiva do PSOL decidiu liberar seus filiados e não apoiar qualquer candidatura no segundo turno das eleições presidenciais. Mesmo sem declarar apoio à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, o partido vai recomendar aos militantes que não votem no candidato do PSDB,
Aécio Neves. "Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura", diz documento do Psol sobre o tucano.
[caption id="attachment_173708" align="alignright" width="300" caption="Aécio representa retrocesso, diz Luciana Genro - Foto: Fábio Pozzebom/ABr"]

[/caption]
"O partido não está se posicionando em favor de nenhuma candidatura, mas é contra a de Aécio", afirmou Luciana Genro, que disputou a Presidência da República pelo Psol e ficou em quarto lugar, com mais de 1,6 milhão de votos. Em entrevista na tarde de hoje (8), Luciana disse que não é uma posição totalmente neutra, porque, embora não se alinhe a qualquer dessas opções, nega o voto em Aécio.
A ex-deputada gaúcha acrescentou que, em respeito à posição do partido, não vai declarar de que forma pretende votar no segundo turno: se em Dilma, branco ou nulo. Segundo Luciana, os militantes e eleitores do Psol deverão votar nulo ou em Dilma, mas o partido não se manifestará. "Isso será decisão de cada um." Para ela, o Psol não tem nada em comum com
Aécio Neves, "que representa um retrocesso". Por isso, considera a neutralidade necessária.
Segundo o presidente do partido, Luiz Araújo, o PT não fez contato com o Psol para pedir ou negociar apoio para o segundo turno. "Faz tempo que não conversamos com o PT", disse Araújo, na entrevista. De acordo com Luciana Genro, o Psol pretende continuar na oposição aos dois partidos e não pretende abrir negociação com o PT.
Sobre a possibilidade de voltar a disputar a Presidência da República, em 2018, a ex-deputada disse que está à disposição do partido para qualquer missão. "Vou continuar a minha atividade política e, se for chamada em 2018 para ser candidata à Presidência, assumirei essa tarefa com muita alegria", afirmou.
Mais sobre eleições 2014
Assine a Revista Congresso em Foco